O setor de pesquisa e inovação de São Paulo vai receber R$ 1,4 bilhão nos próximos 11 anos. Os recursos serão aplicados em 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), que estão sendo anunciados pelo governo estadual e pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo.
Do volume total de R$ 1,4 bilhão, R$ 760 milhões serão provenientes da Fapesp e R$ 640 milhões em salários pagos pelas instituições-sede aos pesquisadores e técnicos. A iniciativa envolve 499 cientistas do Estado e 68 de outros países.
"Os primeiros 11 Cepids tiveram um impacto importante para o avanço do conhecimento no Estado. Agora, eles são 17, com o expressivo número de dez em cidades do interior, o que representa um processo harmônico de descentralização da geração de conhecimento", ressalta o presidente da Fapesp, Celso Lafer.
"Os Cepids, pelos valores financeiros que envolvem e pela extensão de tempo garantida a seu trabalho, são uma expressão da densidade do conhecimento produzido no Estado e estão ligados à infraestrutura de pesquisa que existe aqui em nossas universidades e nossos institutos de pesquisa", afirma Lafer.
De acordo com o diretor-científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, mais da metade do dispêndio em pesquisa e desenvolvimento no Estado é feito por empresas, diferentemente do que acontece no restante do País, em que a participação das empresas é menor.
"Isso só ocorre em lugares onde tem vitalidade e força no setor acadêmico. É impossível acontecer sem boas universidades e boa formação de pessoal. Por isso, mais da metade das patentes registradas no Brasil (depositadas por universidades e por empresas) se origina de São Paulo", avalia Brito Cruz.