Um estudo realizado pelo Laboratório de Pesquisa em Resistência Bacteriana (Labresis) do Centro de Pesquisa Experimental do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) identificou casos positivos para a variante P1 em circulação. A instituição comunicou os achados para a Vigilância em Saúde do Estado e de Porto Alegre, o que deu origem a um Alerta Epidemiológico publicado hoje (2).
Segundo o Alerta, foram identificados 21 casos de pessoas residentes em Porto Alegre com a nova variante. Em 13 dos 21 casos não foi possível estabelecer contato com pessoas que tenham viajado para localidades específicas – caracterizando a transmissão comunitária.
Um estudo recente, identificou que variante P.1, é até 2,2 vezes mais transmissível que as linhagens que a precederam, segundo nota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que apoiou o estudo.
O HCPA reforça a importância para que todos mantenham os cuidados de distanciamento, uso de máscaras e higiene de mãos.
Confira a nota conjunta das instituições:
ALERTA EPIDEMIOLÓGICO CONJUNTO SES/RS E SMS/POA
Porto alegre, 2 de março de 2021
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande Sul e a Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre declaram transmissão comunitária em Porto Alegre da Variante de Atenção P.1. do SARS-CoV2. A identificação ocorreu em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados são oriundos de um projeto de pesquisa com objetivo de descrever o perfil genômico de amostras sequenciadas pelo laboratório da instituição.
Foram identificados 21 casos de pessoas residentes em Porto Alegre com a nova variante. Em 13 dos 21 casos não foi possível estabelecer contato com pessoas que tenham viajado para localidades específicas – caracterizando a transmissão comunitária.
A transmissão é considerada comunitária quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus já circula entre as pessoas daquela região, definindo a transmissão comunitária no município de Porto Alegre.
Em 5 casos, a investigação preliminar identificou relação com pessoas vindas de locais com circulação de P.1. Os demais 3 casos, munícipes de Porto Alegre, seguem em investigação quanto à fonte de infecção.
Os dados da pesquisa também relatam outros 4 exames com sequenciamento genômicos para P.1. que permanecem em investigação.