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A Cidade On (São Carlos, SP)

Pesquisa da USP Ribeirão revela segredo dos goleiros para defesa de pênaltis (11 notícias)

Publicado em 20 de dezembro de 2022

Por Leonardo Santos, Agência Fapesp

Estudo da Escola de Educação Física da USP de Ribeirão Preto foi publicado na revista Scientific Reports

No último domingo (18), a Copa do Mundo 2022 foi decidida nos pênaltis, com o título ficando para Argentina de Lionel Messi e do goleiro Emiliano Martinez, que defendeu a cobrança de Coman, da França. Um estudo da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto revela o segredo dos arqueiros na disputa, o pé à frente da linha na hora da batida da bola.

A técnica foi liberada pela Fifa em 2019, mas não é novidade. Já que era comum que os goleiros se adiantassem nas cobranças de pênalti para ganhar vantagem sobre o cobrador. O estudo realizado pelo professor Paulo Roberto Pereira Santiago, da Escola de Educação Física de Ribeirão Preto (EEFERP-USP), mostra que os goleiros saíram ganhando com a liberação.

De acordo com a Agência Fapesp, o experimento foi conduzido dentro do Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da EEFERP-USP com seis goleiros de futebol profissional e quatro amadores, e foi publicado na revista Scientific Reports.

Os atletas realizaram 20 saltos, sendo 10 para o lado preferido do goleiro, e dez para o lado não dominante, utilizando a regra antiga que não permitia o pé à frente e a nova, que liberou a técnica.

“O que foi verificado é que o lado não dominante apresenta valores maiores quando comparado com o dominante do goleiro no salto. O que é comum porque, geralmente quando ele tem dominância para direita, salta melhor com a perna esquerda, que é o membro de apoio ou impulsão”, explica o professor.

Os pesquisadores mediram o desempenho de salto em representação 3D do corpo do goleiro, o mesmo utilizado em jogos de computador. A Agência Fapesp também informa que foram colocadas plataformas de força, uma espécie de balança no chão, que é capaz de medir a força que o goleiro aplica no momento da cobrança.

Leonardo Santos, com informações Agência FAPESP