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Pesquisa da USP revela que humanos podem ter causado extinção de preguiças gigantes na Era do Gelo (108 notícias)

Publicado em 24 de maio de 2025

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Estudo da USP mostra que a chegada dos humanos pode ter levado à extinção das preguiças gigantes na Era do Gelo. Entenda os detalhes.

Resumo da notícia

Pesquisa da USP sugere que humanos podem ter sido responsáveis pela extinção de preguiças gigantes na Era do Gelo.

O estudo analisou a evolução e diversificação das preguiças ao longo de milhões de anos.

Você pode entender como atividades humanas impactaram espécies no passado e refletir sobre o presente.

A descoberta reforça a importância da conservação ambiental para evitar extinções futuras.

O que levou à extinção de preguiças gigantes na Era do Gelo? Uma nova pesquisa da USP investiga o papel dos humanos como superpredadores nesse desaparecimento. O estudo analisou a evolução desses animais desde seu surgimento, revelando transformações surpreendentes em tamanho e hábitos ao longo de milhões de anos. Entenda como a chegada do Homo sapiens pode ter sido o golpe final para esses gigantes gentis.

Afinal, qual o tamanho original das preguiças?

As preguiças que conhecemos hoje são pequenas e vivem nas árvores, mas nem sempre foi assim. Uma nova análise revelou que as preguiças começaram sua jornada evolutiva no chão e com um porte considerável, pesando pelo menos 70 kg. A partir daí, o grupo se diversificou e algumas linhagens atingiram tamanhos gigantescos, com mais de uma tonelada, de forma independente. Algumas espécies também se adaptaram à vida nas árvores.

O sucesso evolutivo das preguiças foi tão grande que o desaparecimento da maioria delas na Era do Gelo só pode ser explicado pelo surgimento de um novo superpredador: o Homo sapiens . Essa conclusão, que pode parecer estranha à primeira vista, foi publicada em um artigo na revista Science

O estudo foi realizado por uma equipe internacional, incluindo os pesquisadores brasileiros Daniel Casali e Max Langer, da USP de Ribeirão Preto. O trabalho consistiu em montar uma grande árvore genealógica com quase 70 gêneros de preguiças. “Gênero” é um grupo de seres vivos mais inclusivo do que uma espécie. Por exemplo, leões, tigres e onças são de espécies diferentes, mas todos pertencem ao gênero Panthera

Os pesquisadores analisaram diferenças anatômicas e genéticas, usando até DNA de preguiças existentes, e a idade de cada animal. Assim, eles conseguiram estimar as relações de parentesco e as transformações pelas quais cada subgrupo de preguiças passou ao longo do tempo, desde 35 milhões de anos atrás até os dias atuais.

Onde tudo começou?

Há cerca de 35 milhões de anos, o grupo das preguiças, chamado tecnicamente de Folivora (“comedores de folhas” em latim), surgiu na América do Sul. Naquela época, a América do Sul era um continente isolado dos demais. A fauna sul-americana, evoluindo isoladamente por milhões de anos, desenvolveu grupos de mamíferos muito peculiares, como os Xenarthra, que incluem preguiças, tamanduás e tatus.

É possível imaginar que a ancestral de todas as preguiças seria um animal parecido com o tamanduá-bandeira atual, porém maior e menos especializado. “Ou seja, não teria um focinho super longo nem garras tão desenvolvidas, e teria dentes”, explicou Casali à Folha . O tamanho desse ancestral é incerto, variando de 70 kg a 350 kg (tamanduás-bandeira não passam de 50 kg).

“Acreditamos que a dieta dessa protopreguiça seria herbívora seletiva, como a dos animais que comem folhas das árvores”, acrescenta ele. Mas o animal viveria no chão, não nas árvores. Com o tempo, os descendentes da matriarca das preguiças foram se diversificando, mudando sua anatomia e tamanho de acordo com seus estilos de vida. Alguns continuaram terrestres, enquanto outros se tornaram semiarbóreos ou totalmente arbóreos. “Quanto mais viviam nas árvores, mais seus ossos ficavam delgados, leves e compridos”, explica Casali.

O estilo de vida dos tamanduás atuais ajuda a entender essas diferenças. O tamanduá-bandeira é totalmente terrestre, o tamanduá-mirim é semiarbóreo e o tamanduaí é totalmente arbóreo. Os dados mostram que o tamanho das preguiças ficou relativamente estável até cerca de 17 milhões a 14 milhões de anos atrás, um período quente em que elas ficaram menores para aproveitar o aumento das florestas tropicais. Depois disso, o clima começou a esfriar, com mais áreas de vegetação aberta na América do Sul. Isso favoreceu o surgimento de espécies maiores que colonizaram habitats como o cerrado, os pampas e a Patagônia.

Extinção de preguiças : o mistério das preguiças pequenas

As preguiças grandes também se mantiveram na América do Norte e Central quando uma ponte de terra conectou a América do Sul a essas regiões, há cerca de 3 milhões de anos. Já o surgimento das preguiças pequenas e que vivem em árvores – dos gêneros Bradypus e Choloepus – é um mistério. “Não temos registros fósseis para os gêneros atuais ou parentes próximos identificáveis pela morfologia”, diz o pesquisador da USP.

Dados genéticos e anatômicos indicam que a divergência entre elas e as demais preguiças é antiga, de pelo menos 25 milhões de anos. “Já está claro que ambas se tornaram superespecializadas para a vida nas árvores de forma convergente”, afirma Casali. Ou seja, apesar do estilo de vida parecido, o parentesco entre elas é distante. Depois de milhões de anos de evolução e diversificação, mesmo com mudanças climáticas, quase todas as preguiças, principalmente as grandes, desapareceram quando os humanos chegaram à América.

Esse fato, junto com evidências de que os animais eram caçados por humanos – como a descoberta de colares feitos com ossos de preguiças no Brasil – sugere que a presença humana contribuiu para a extinção delas. Quer saber mais sobre o assunto? Explore outros artigos da Folha de S.Paulo sobre ciência e descubra novas perspectivas sobre a vida na Terra.

Além disso, se você se interessa por paleontologia e descobertas científicas, não deixe de conferir outros artigos sobre pesquisas da USP e como elas contribuem para o nosso entendimento da história natural.

A relação entre a extinção de preguiças gigantes e a chegada dos humanos ao continente americano levanta questões importantes sobre o impacto das atividades humanas no meio ambiente. Para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, explore também artigos sobre questões ambientais e como a ciência busca soluções para um futuro mais sustentável.

O Impacto da Presença Humana na Extinção

A extinção das preguiças gigantes, especialmente as de grande porte, coincide com a chegada dos seres humanos ao continente americano. A descoberta de ossos de preguiças com marcas de abate e o uso de partes de seus corpos em artefatos pelos antigos habitantes sugerem uma forte ligação entre a presença humana e o desaparecimento desses animais.

O impacto humano, no entanto, não se limita à caça direta. A alteração de habitats, a competição por recursos e a introdução de novas doenças também podem ter contribuído para o declínio das populações de preguiças gigantes. A complexidade dessas interações torna difícil determinar a causa exata da extinção, mas a evidência aponta para um papel significativo dos seres humanos nesse processo.

Para entender melhor como a interação entre humanos e animais pode levar à extinção, é importante analisar estudos sobre a vida selvagem e como a preservação de espécies ameaçadas se tornou um desafio crucial no século XXI. Além disso, conhecer as iniciativas de conservação e os esforços de cientistas e ambientalistas pode inspirar ações para proteger a biodiversidade do planeta.

Além disso, vale a pena explorar os estudos sobre as descobertas científicas mais recentes relacionadas à evolução e extinção de outras espécies, compreendendo como diferentes fatores podem levar ao desaparecimento de animais e plantas. O conhecimento adquirido pode ajudar a prever e mitigar futuros eventos de extinção.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial , mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo