O mapeamento arbóreo de seis municípios da região com o propósito de medir e estimar a cobertura vegetal da parte urbana dessas localidades, começará a ser avaliado por um grupo de estudo do departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ). Com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), um processo de videografia aérea será utilizado para a avaliação dessas áreas verdes e arborizadas.
O estudo de certificação em silvicultura urbana servirá de instrumento para políticas públicas. Através dele, durante seis meses serão analisadas áreas de baixa densidade arbórea nas cidades de Capivari, Nova Odessa, Tietê, Rio das Pedras, Santa Bárbara d'Oeste e São Pedro.
A pesquisa vai gerar um diagnóstico dessas regiões e os resultados serão transferidos para o Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR), da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). "Após quantificarmos essas áreas, será possível gerar diretrizes de planejamento urbano para estas cidades, pois este programa apóia pesquisas que trabalhem na execução de políticas públicas", afirma Demostenes Ferreira da Silva Filho, professor do LCF e coordenador dos estudos.
Para tanto, a Fapesp financiou uma câmara de videografia multiespectral, avaliada em U$ 35 mil, que possui um sistema de GPS já integrado, que gera imagens com coordenadas geográficas. "O uso dessa técnica já é conhecido, porém com a acoplagem do sistema de posicionamento por satélite teremos mais facilidade para montar o plano de sobre-vôo".
Projeto semelhante que avaliou a paisagem urbana de 34 bairros de Piracicaba acaba de ser concluído pelo mesmo grupo de pesquisa. Os resultados foram apresentados na semana passada durante o primeiro Encontro Paulista de Arborização Urbana, realizado na cidade. "Piracicaba tem um déficit de 41 mil árvores em sua área urbana. Estimamos esses números em relação ao tamanho da cobertura asfáltica existente e calculamos quantas árvores deveriam ser plantadas em cada região do município".
"Quando a copa das árvores cobre a parte pavimentada do asfalto o calor diminui, assim há um significativo aumento de conforto para os cidadãos, pois a qualidade ambiental passa a ser maior", esclarece ao justificar o desenho florestal urbano.