Nove, de 15 laboratórios internacionais consulta dos já demonstraram interesse em participar da continuação dos estudos de aperfeiçoamento envolvendo o composto químico que combate o câncer descoberto pela equipe do pesquisador Antônio Fávero Caires. Outros três já se propuseram a prosseguir com os testes. Até ontem, nenhuma empresa brasileira havia feito contato com a Universidade de Mogi das Cruzes, onde a pesquisa é devolvida. A Fundação de Amparo de Pesquisa do Estado de São Paulo, que nos últimos quatro anos concedeu cerca de US$ 2 milhões ao projeto, deve continuar apoiando o estudo.
Desde quarta-feira, quando a Universidade de Mogi das Cruzes anunciou oficialmente a descoberta de um composto químico que pode representar um grande passo em direção à cura do câncer, suas linhas telefônicas e contas de e-mail têm se mantido congestionadas. O caso alcançou repercussão em toda a Imprensa brasileira. A notícia de que o pesquisador Antônio Fávero Caires obteve sucesso com um composto organometálico de paládio, no tratamento de tumores malignos em ratos brancos, trouxe a informação dos próximos passos da pesquisa: desenvolver em seres humanos.
Os próximos passos do estudo, complexos e com imensa carga de responsabilidade, devem demorar "pelo menos três ou quatro mios", segundo o cientista, que tenta negociar parceria com algum laboratório particular. Serão três fases de tostes com humanos, ainda sem previsão de início. Ainda assim, além do assédio da Imprensa e da comunidade cientifica de todo o mundo, até ontem milhares de pessoas já haviam contatado a UMC para candidatar-se aos testes.
E-MAIL
Assessoria de Imprensa da Universidade de Mogi das Cruzes informou ontem que a instituição compreende a ansiedade de doentes ou de seus familiares e amigos em conhecer a cura do câncer, e respeita a delicadeza do propósito. Mas solicita que informações sobre o novo medicamento sejam direcionadas diretamente a um e-mail criado para tratar do assunto: pesquisacontraocancer@umc.br. Dessa forma, os telefones e contas de e-mail da universidade não ficarão congestionados, o que tem atrapalhado o dia-a-dia da instituição de ensino.
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