Um estudo feito por pesquisadores brasileiros, com colaboração de colegas do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, constatou que 54,8% dos casos importados do coronavírus (Covid-19) para o Brasil vieram da Itália, seguidos por China (9,3%) e da França (8,3%).
“Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de COVID-19 começou devagar, com um número pequeno de casos inicialmente, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em uma disseminação muito rápida do vírus”, diz Ester Sabino para a revista Exame. Ela é diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e uma das autoras do estudo.
São Paulo foi o principal destino dos italianos que chagaram ao país, por conta disso, a capital paulista acabou registrando os primeiros casos da doença no Brasil. Além da cidade, esses viajantes também seguiram para outras nove capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Vitória e Florianópolis –, deflagrando a epidemia da COVID-19 no país.