Cientistas do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fiocruz do Rio de Janeiro e da Bahia identificaram consideráveis alterações lipídicas no plasma de recém-nascidos com exposição pré-natal ao vírus da Zika.
Os resultados do estudo, publicado na revista científica PLOS Neglected Tropical Diseases, podem contribuir para o diagnóstico precoce e monitoramento da Zika congênita, tanto em bebês com microcefalia quanto nos assintomáticos.
O vírus da Zika atinge a placenta e desencadeia uma inflamação que pode causar insuficiência placentária, resultando em deficiência na liberação de determinados lipídios e levando a déficits no cérebro e na retina durante o desenvolvimento fetal.
Em entrevista ao site do CEPID Redoxoma, o pós-doutorando, do IQ-USP, e coordenador da pesquisa, Marcos Yukio Yoshinaga, comentou que com esses resultados, foi possível chegar a uma assinatura molecular que poderia ser usada como um biomarcador para crianças que foram expostas ao vírus durante o período pré-natal.