Estudo com 926 alunos da área de ciências biológicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), nos anos 2000 e 2001, identificou ser comum entre estudantes universitários o consumo de substâncias psicoativas, havendo maior penetração entre alunos com renda familiar mais elevada (acima de 40 salários mínimos) e que não praticam nenhum credo religioso.
Entre os alunos que se declararam adeptos de alguma religião, 83,1% consumiram álcool, 20,7%, tabaco, e 24,6%, drogas ilícitas. No grupo dos agnósticos, as cifras obtidas foram 89,3% para álcool, 27,7% para tabaco e 37,7% para drogas ilícitas.
Enquanto o consumo de álcool entre alunos de famílias ricas atingiu 92,2% e de drogas ilícitas 39,2%, na base da pirâmide social a situação é diferente. Estudantes criados em famílias com renda mensal inferior a dez salários mínimos consumiram menos álcool (75,2%) e drogas ilícitas (16,7%).
"Esses dados vêm quebrar o mito de que a droga só é consumida entre populações de baixa renda", explica André Malbergier, coordenador do estudo. "Quando pegamos um grupo mais seleto, formado por universitários, percebemos que a droga não distingue classes sociais", explica. "Parece óbvio, mas quem tem dinheiro compra mais e isso facilita o acesso dos mais ricos a qualquer tipo de entorpecente."
Foi verificado ainda que esses usuários faltam mais às aulas, gerando prejuízos que vão desde a menor dedicação ao estudo (inclusive fora dos períodos de aula) até a reprovação. Os alunos que admitiram usar álcool e drogas também costumam ir menos à biblioteca.
Agência FAPESP
Entre os alunos que se declararam adeptos de alguma religião, 83,1% consumiram álcool, 20,7%, tabaco, e 24,6%, drogas ilícitas. No grupo dos agnósticos, as cifras obtidas foram 89,3% para álcool, 27,7% para tabaco e 37,7% para drogas ilícitas.
Enquanto o consumo de álcool entre alunos de famílias ricas atingiu 92,2% e de drogas ilícitas 39,2%, na base da pirâmide social a situação é diferente. Estudantes criados em famílias com renda mensal inferior a dez salários mínimos consumiram menos álcool (75,2%) e drogas ilícitas (16,7%).
"Esses dados vêm quebrar o mito de que a droga só é consumida entre populações de baixa renda", explica André Malbergier, coordenador do estudo. "Quando pegamos um grupo mais seleto, formado por universitários, percebemos que a droga não distingue classes sociais", explica. "Parece óbvio, mas quem tem dinheiro compra mais e isso facilita o acesso dos mais ricos a qualquer tipo de entorpecente."
Foi verificado ainda que esses usuários faltam mais às aulas, gerando prejuízos que vão desde a menor dedicação ao estudo (inclusive fora dos períodos de aula) até a reprovação. Os alunos que admitiram usar álcool e drogas também costumam ir menos à biblioteca.
Agência FAPESP
Fonte: Agência FAPESP