O Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe a necessidade de investigações acerca de seu processo de implantação, eficácia e diretrizes. Por isso, o grupo de pesquisa em Saúde Coletiva e Mental (Interfaces) do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas e da Fapesp, apresentam nesta sexta-feira (8), no auditório da FCM, os resultados do estudo avaliativo de arranjos e estratégias inovadoras na organização da Atenção Básica à Saúde.
O estudo foi realizado no período de 2007 a 2009 em Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos distritos Sul e Sudoeste de Campinas. Os eixos estudados pelos pesquisadores foram os programas de saúde vinculados à clínica ampliada, em especial o acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com menos de 60 anos, a articulação de redes de saúde mental e de atenção básica e a implantação de estratégias de promoção de saúde nas comunidades. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Rosana Onoko, essas regiões foram escolhidas pelo fato da população depender do SUS e o modelo do sistema ser bem implantado nessas UBS.
“Campinas se constitui num excelente laboratório. Pesquisa boa é aquela que não fica na gaveta e que é útil. Nós não queremos substituir o SUS por outro sistema, mas sim melhorá-lo”, comentou Rosana na abertura do evento na manhã desta sexta-feira.
O secretário municipal de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, disse que a participação dos trabalhadores e gestores do SUS foi importante para o resultado da pesquisa. O diretor da FCM, José Antonio Rocha Gontijo, lembrou que um dos papéis da Universidade é gerar novas ideias. “Ações como essa sintetizam o papel da Universidade no ensino, na assistência e na pesquisa e devolvem de uma forma direta à sociedade o conhecimento produzido”, disse Gontijo. O resultado da pesquisa estará, em breve, disponível no site do grupo Interfaces.