Rubens Celso Lopes Filho, graduado em dezembro de 2012 em Música (Percussão) pelo Instituto de Artes da Unesp, Câmpus de São Paulo, ganhou o Prêmio Ernani de Almeida Machado. O prêmio, de R$ 60 mil, é o maior concedido até hoje a uma orquestra jovem e deve ser utilizado para aperfeiçoamento do bolsista premiado em uma instituição de ensino no exterior.
A Orquestra Jovem do Estado, grupo ligado à Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim, recebeu um patrocínio do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados que vai beneficiar os bolsistas com melhor desempenho pelo período de cinco anos. Com essa verba, foi instituído o Prêmio Ernani de Almeida Machado.
Além do Prêmio Ernani Machado, outras quatro premiações estão no pacote, no valor de R$ 15 mil cada, que poderão ser usadas em uma bolsa de estudos ou na compra de instrumentos. Duas delas são voltadas para bolsistas do naipe de cordas, e para as outras duas, poderão concorrer os naipes de madeiras, metais, percussão, além dos bolsistas de piano e harpa.
O escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados também realizou aporte para a compra de instrumental de percussão de primeira linha para a Orquestra Jovem do Estado. São pratos, marimbas, pandeiros sinfônicos, tontons, tímpanos, compondo um sofisticado kit fundamental para a melhoria da sonoridade da orquestra.
Dia 9 de novembro foi divulgada a lista dos 13 bolsistas aprovados na primeira Fase do Prêmio Ernani de Almeida. Além de Lopes Filho, foram classificados Anderson Ancelmo dos Santos (violino), André Ramos Sanches (fagote), Ariane Rovesse de Alencar Freitas (clarinete), Filipe dos Santos Esteves (clarinete), Gabriel Takano De Donno (contrabaixo), Gustavo Araujo Leite (trompete), Johann Cardoso Marianno Pereira (trompa), Luana Cristina Bezerra de Oliveira (percussão), Lucas Bernardo da Silva (violino), Rafael Vanderlei (violoncelo), Richard Gonçalves (violoncelo) e Tiago de Faria Biscaro (violino).
No dia 1º de dezembro foi realizada a audição dos finalistas com a presença de uma banca examinadora. O anúncio da premiação ocorreu, dia 20 de dezembro, no concerto de encerramento da temporada Orquestra Jovem do Estado, na Sala São Paulo.
Rubens Celso Lopes Filho
Nascido em 1991, concluiu a graduação em música (percussão), em dezembro de 2012. teve como professores de instrumento Eduardo Gianesella, John Boudler e Carlos Stasi; de teoria (Flo Menezes, Abel Rocha, Paulo Castagna, Graziela Bortz, Valerie Albright, Marcos Pupo Nogueira, Fábio Miguel, Dorotéa Kerr, Lia Tomás, Alberto Ikeda e Carlos Stasi). Fez parte do grupo de percussão PIAP, sob a direção de John Boudler, Carlos Stasi e Eduardo Gianesella. Realizou de um total de mais de 30 concertos como intérprete e regente, seis gravações e inúmeras estréias nacionais e internacionais de obras. Participou como intérprete e como ouvinte de master classes com Eduardo Leandro, Florent Jodelet, Fábio Oliveira, Fernando Rocha, Ricardo Bologna, Carlos Tarcha, Ney Rosauro, Gerardo Salazar, Rubén Zúñiga, Elisabeth del Grande, Patrício Hernandez, o grupo "Les Percussion de Strasburg", Angel Frette, Nelton Essi e outros. Realizou dois recitais solo no Instituto de Artes da Unesp, com as seguintes obras: Time for marimba, de Minoru Miki; The Downfall of Paris, de autor anônimo; Canção Simples de Tambor, de Carlos Stasi; Vibra-Elufa, de Karlheinz Stockhausen; Moto-Perpetuo, de Elliott Carter;  Third Construction, de John Cage; Vento, de Carlos Stasi; Tchik, de  Nicolas Martynciow; Chega de Saudade, de Tom Jobim; Sonata for two pianos and percussion, de Béla Bártok; Bone Alphabet, de Brian Ferneyhough e Reflections on the Nature of Water, de Jacob Druckman.
Sua prática orquestral inclui Orquestra Acadêmica do 41º Festival de Inverno de Campos do Jordão, sob a regência de Yan Pascal Tortelier. Posição: percussão (músico tutti); Orquestra Acadêmica do 42º Festival de Inverno de Campos do Jordão, sob a regência de Cláudio Cruz. Posição: percussão (músico tutti); Orquestra Acadêmica do 6º Festival de Música de Santa Catarina, na "orquestra sem maestro", sob a preparação de Leon Spierer. Posição: tímpanos (solista); e  Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob a regência de Cláudio Cruz. Posição: tímpanos (solista) e percussão (chefe de naipe).
Atua na Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, finalista do prêmio Concerto, dado pela Revista Concerto. Foi bolsista pela Fapesp na área de performance, com trabalho voltado para a busca de metodologias no ensino da caixa-clara orquestral, sob a orientação de Dr. Eduardo Gianesella.
Fonte: Portal Unesp