Conforme o estudo, durante o isolamento social, 65% dos voluntários tiveram a sensação de que o tempo estava passando de maneira mais lenta. Essa percepção foi associada ao sentimento de solidão e à falta de boas experiências. Já para 75% das pessoas, a percepção era de que o tempo estava passando muito rápido, sem tempo para a realização de tarefas e de momentos de lazer.
“Ao longo dos cinco meses, observamos um padrão parecido: nas semanas em que o indivíduo se sentia mais sozinho e vivenciava menos afetos positivos, também sentia o tempo passar mais devagar. Já em situações com alto nível de estresse, sentia o tempo passar mais rapidamente”, disse, em comunicado, o autor da pesquisa André Cravo.
Conforme o pesquisador, a pandemia fez com que todos perdessem momentos importantes, e isso também pode ter afetado a noção do tempo. “Diversos marcadores temporais, como carnaval, festa junina e aniversários, foram perdidos nos últimos dois anos. Portanto, essa é uma pergunta que permanece em aberto”.