As empresas de pequeno porte subutilizam as fontes de financiamento disponíveis no Brasil, avalia Marcelo Nakagawa, professor de Empreendedorismo e Plano de Negócios da Fundação Vanzolini e da Fundação Instituto de Administração (FIA).
“Na maioria das vezes, os pequenos empresários veem os empréstimos bancários como inatingíveis. No entanto, existe uma gama de produtos com taxas de juros menores e, nos casos de projetos de inovação, até a fundo perdido, não reembolsáveis”, disse Nakagawa, que participou do seminário sobre “Planejamento Estratégico- O Desafio de Crescer de Forma Eficaz” na última terça-feira (30/06) na Amcham-São Paulo.
De acordo com ele, é necessário que haja maior conscientização sobre as linhas do Banco BNDES (Nacional do Desenvolvimento Econômico Social), da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Esta é uma das formas de assegurar sustentabilidade aos negócios e o desenvolvimento do País.
Dentre os produtos oferecidos a esse público, estão capital de giro, antecipação de recebíveis tanto de vendas domésticas como de exportações, financiamento de máquinas, equipamentos e também recursos para desenvolvimento de produtos e serviços com diferenciais inovadores.
“Os valores que se pagam em algumas linhas subsidiadas sobretudo pelo BNDES são ajustados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais o custo de gestão. Se a obtenção for via bancos associados, além do custo do BNDES, há o spread”, explicou o professor. Conforme ele, no caso das linhas diretas do BNDES, chega-se a se pagar um terço a menos do que no mercado.
Executivos Financeiros Online – 02/07/2009