Descoberta Embora conhecido em baleias, lobos, golfinhos e alguns outros poucos mamíferos, foi registrado pela primeira vez nos poraquês da Amazônia Da Redação com Assessoria Redacao (v diario am. com. br Brasília m comportamento raro em peixes, embora conhecido em baleias, lobos, golfinhos e alguns outros poucos mamiferos, foi registrado pela primeira vez nos por aguê s, peixes-elétricos da Amazônia que podem dar descargas elétricas de até 860 volts. A tática, chamada de predação social, consiste em realizar busca e ataques coordenados, a fim de capturar presas e beneficiar todo o grupo. O estudo — financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Smithsonian' s Global Genome Initiative, National Geographic Society e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)- foi publicado nesta quina d ta feira (14) na revista Ecology and Evolution (https: online library. wiley. com/doi/full/10.1002/ece 3.7121). Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTD, em Manaus, e da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, descreveram o comportamento em um lago da Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará. Apesar de conhecidos por caçar solitariamente à noite, um grupo de cerca de 100 poraquês da espécie Electro p horus voltai, cada um com até 1,8 metro de comprimento, foi filmado caçando em grupo.
Ao amanhecer e no pôr do sol, os poraquês migram para uma parte mais rasa do lago, cercam cardumes de pequenos peixes, conhecidos como piabas ou lambaris, e emitem fortes descargas elétricas. As presas saltam para fora e são devoradas quando voltam Predação Social A tática consiste em realizar busca e ataques coordenados,, a fim de capturar presas e beneficiar todo o grupo atordoadas para a água. “ Eu estava em campo, realizando um outro trabalho, quando vi aquela enorme concentração de poraquês. De tempos em tempos, eles davam descargas e as piabas pulavam. Aquilo foi, literalmente, chocante. Nos mais de 250 anos desde que esse animal foi descrito pela primeira vez, esse comportamento nunca havia sido registrado ”, conta Douglas Bastos, primeiro autor do trabalho e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia de Agua Doce e Pesca Interior (Badpi) do Inpa, sob orientação dos pesquisadores Lúcia Rapp Py-Daniel e Jansen Zu anon. A dupla há anos estuda a diversidade de peixes na Amazônia e também são coautores do trabalho. Douglas faz parte do grupo liderado por Carlos David de Santana, egresso do Inpa e atualmente pesquisador associado do National Museum of Divulgação Inpa Natural History, da Smithsonian Institution, em Washington. Em 2019, a equipe descreveu que há pelo menos três espécies de poraquês, duas são novas, entre elas a E. voltai, que realiza a predação social e tem a maior descarga elétrica já registrada em um animal, 860 volts. Os trabalhos integram o projeto “ Diversidade e evolução de gimnotiformes ”, financiado pela Fapesp e coordenado por laércio Menezes, professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (). “ Nossa hipótese inicial é que locais como esse, com grande abundância de presas e abrigo para dezenas de poraquês, favoreçam a caça em grupo e o desenvolvimento da estratégia de predação social. Por isso, é possível que o fenômeno ocorra em outros locais e até mesmo com outras espécies de poraquê. Só não foi registrado ainda ” e xn lica.