A Agência de Inovação da Unicamp (Inova), pretende licenciar 25 novas patentes em 2005. Segundo a diretora de propriedade intelectual, Rosana Cerondi Giorgio. A julgar pelos resultados obtidos apenas no primeiro ano de atividades, a expectativa está longe de ser um exagero. De janeiro a outubro desse ano foram fechados contratos que resultaram no licenciamento de 23 patentes destinadas ao desenvolvimento de produtos por empresas privadas. Atualmente, pelo menos outras 15 patentes estão em processo de negociação.
Os acordos prevêem a exploração comercial da tecnologia por um período entre 10 e 15 anos. Segundo Rosana, cada contrato deverá gerar em média R$ 200 mil por ano em royalties para a Universidade. A expectativa é que, a partir do quinto ano, as receitas oriundas de royalties gerados a partir destes acordos chegarão a R$14 milhões por ano. Ao final de cinco anos, a Unicamp quer chegar a uma carteira com 100 licenciamentos, o que elevaria a instituição ao patamar de grandes universidades no mundo.
A remuneração básica da Unicamp pela cessão da propriedade intelectual da invenção deriva dos royalties. Os percentuais, afirma Rosana, variam de 2% a 7% e recaem sobre o faturamento bruto e líquido. "Depende de cada caso", afirma. Para todos os contratos estão previstas auditorias para conferência das informações financeiras relativas à comercialização do produto. A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: um terço da receita é paga ao pesquisador ou ao grupo de pesquisadores e dois terços vão para a Unicamp. Os prazos para o desenvolvimento dos produtos a partir da assinatura dos convênios dependem da área. Ao lado do nível de excelência alcançado nas áreas de ensino e pesquisa, a Unicamp vem se destacando a cada ano pelo volume de parcerias estabelecidas com empresas privadas e órgãos públicos. Só no período de 2001 a 2003, a instituição estabeleceu 527 convênios, o que gerou uma receita de cerca de R$ 85,5 milhões. Um dos destaques foi a atuação da Universidade no Programa Genoma. A instituição organizou e coordenou o seqüenciamento da bactéria Xyllela fastidiosa, causadora da "praga do amarelinho", doença que afeta 30% dos laranjais paulistas. Como conseqüência, pesquisadores da Unicamp foram pioneiros na formação de novas empresas de bioinformática e genômica aplicada, entre elas a Scyla Bioinformática (www.scylla.com.br) e a Alellyx Applied Genomics (www.alellyx.com.br).
Notícia
Jornal da Unicamp