Partidos como o PT, PSOL, PSL e o NOVO, se uniram para derrubar o pacote de Doria na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Houve muitas manobras de obstrução, pedidos de ordem, elogios e muito bate-boca. O inusitado foram os partidos de direita e de esquerda estarem se unindo, contra um projeto que é do Governador Jorge Doria, do PSDB.
O que prevê esse projeto
O projeto foi apresentado em agosto, pelo governo de São Paulo, para que seja resolvido um rombo do estado. No projeto é determinado o fechamento de instituições, como o CDHU, que é a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, para retirar fundos de universidades que são públicas paulistas, da FAPESP e extinguindo de uma única vez algumas empresas públicas.
Contudo, a bancada que é da esquerda na ALESP, focou em argumentos para que fossem rejeitados os cortes nas universidades, além de frisar que esse projeto poderia trazer malefícios para as populações carentes. Os partidos da direita argumentaram que Doria, foi o responsável pelo rombo da economia em meio à pandemia do COVID-19, rejeitando também o aumento dos impostos.
Acusações e bate-boca
O projeto foi inserido em pauta na segunda-feira (dia 28) em sessões extraordinária. Entretanto, o plano da base do governo é o de que ele seja votado ainda essa semana, para que ele seja válido para o ano de 2021, como fazendo parte do plano fiscal. Será necessário reunir 48 votos, numa maioria simples e contornar as muitas tentativas de obstrução por parte da oposição.
Cenas curiosas
Houve momentos curiosos durante as falas na plenária, nas três noites de debates dessa semana, com os Deputados do PT acenando para os colegas que são do PSL e com os parlamentares do NOVO, fazendo muitas referências para quem era do partido do PSOL. Uma união inusitada por partidos tradicionalmente rivais e que foi motivo de deboche pelo PSDB.