O Ministério da Saúde e a Prefeitura de Paulínia registraram nesta terça-feira (31) mais uma morte de morador da cidade em decorrência da Covid-19. Trata-se do 300º óbito pelo coronavírus no município desde o início da pandemia, de acordo com o governo federal, responsável pelos números oficiais da doença no Brasil. Para a Administração municipal, são 294.
O Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Coronavírus da Prefeitura informou que a 294ª morte de morador de Paulínia se refere a uma mulher de 75 anos, com comorbidades. Morreu na segunda-feira (30). A Administração municipal não informou se o óbito aconteceu no hospital público do município.
Até as 9h30 desta terça-feira, o Hospital Municipal de Paulínia “Vereador Antônio Orlando Navarro” tinha 19 pacientes internados por complicações da Covid-19 – sete ocupavam vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12, leitos clínicos. Na segunda-feira, eram 21 no total.
Já o montante de moradores de Paulínia que foram contaminados com a Covid-19 é de 15.551 – 15.019 se recuperaram, conforme o boletim epidemiológico diário da Prefeitura. Outros 7.158 aguardam exames laboratoriais ou de imagem para confirmação ou descarte da doença.
O Instituto Butantan detectou 36 variantes do coronavírus em circulação no estado de São Paulo, sendo que três delas foram identificadas pela primeira vez. O Boletim Epidemiológico da Rede de Alerta das Variantes também identificou quatro novas linhagens da variante Delta. Apesar do número crescente de variantes, casos de Covid-19 diminuíram em São Paulo.
As informações foram apresentadas pela diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, Sandra Vessoni, em evento realizado nesta segunda-feira pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp). Para assistir o evento na íntegra clique no link https://www.youtube.com/watch?v=DOtkvckbXIc&t=923s.
Entre as variantes identificadas de forma inédita, estão a B.1.1621.1, também conhecida como Copa América; a B.1.540; e a AY.3; com um, cinco e três casos, respectivamente.
A presença das novas mutações do vírus no Estado preocupa os especialistas devido à alta taxa de contágio de algumas cepas, como a própria Delta, que foi responsável pelo aumento de casos no Reino Unido.
Segundo Sandra Vessoni, apesar dos novos registros, a variante Gama ainda é a mais incidente em São Paulo, correspondendo a 85% dos casos, seguida pela variante Delta, com 3%.
No entanto, embora esteja longe de representar a maioria dos casos no estado, a variante Delta vem se espalhando rapidamente, e já foi identificada em 13 das 17 divisões regionais de saúde, representando 100% das infecções na divisão regional de Registro; 61,54% na Baixada Santista; 56,41% em São João de Boa Vista; e 43,31% na Grande São Paulo. Enquanto isso a incidência da variante Gama, a mais comum no Brasil, tem diminuído.
Sandra Vessoni destacou a importância do monitoramento da variante Delta. "Nós entendemos que juntar essas informações é necessário para que a gente consolide a importância da inserção da Delta dentro do estado de São Paulo. O que significaria essa inserção em relação ao aumento de internações e uso de leitos", falou.
Apesar do aumento do número de variantes, o Instituto Butantan constatou a redução da incidência de casos de coronavírus no estado, visto que 14 divisões regionais de saúde apresentaram números menores de infecções se comparados à semana anterior. As outras 3 divisões registraram estabilidade nos casos.