Apesar dos indicadores positivos de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, o país não evoluiu no ranking do United States Patent and Trademark Office (USPTO), o escritório de patentes dos Estados Unidos. Em 1974, o país ocupava a 28ª posição; caiu para a 29ª em 1998, na qual permanecia em 2006, segundo levantamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Em números absolutos, em 1974 foram depositadas no USPTO, 44 patentes com primeiro inventor no Brasil e 341 em 2006.
A análise da Fapesp é a de que manter a posição no ranking exigiu esforço, já que países como Rússia, México e África do Sul perderam posições no período. O diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, afirma que o Brasil deveria gerar mais patentes. "O país faz apenas um quinto do que a Coreia do Sul", diz. Segundo ele, em toda nação com uma economia saudável, mais de 95% das patentes depositadas vêm das empresas, o que pode servir de comparativo para que o Brasil reveja a sua política de ciência e tecnologia, hoje mais focada nas instituições de ensino.
Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), entre 1980 e 2005, a Petrobrás é a empresa com mais depósitos de patentes no órgão, com 804 registros. O segundo lugar no ranking é a Universidade de Campinas (Unicamp), com 408. Entre os líderes aparecem também a Universidades de São Paulo e Federal de Minas Gerais e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).