Na última quinta-feira (6), foi publicada uma pesquisa sugerindo que pessoas que já tiveram dengue no passado são duas vezes mais propensas a desenvolver sintomas da COVID-19, caso sejam infectadas pelo coronavírus.
Os dados apresentados no estudo têm como base a análise de amostras sanguíneas de mais de 1.200 moradores da cidade de Mâncio Lima, no Acre. Nesse contexto, foram inseridas no trabalho amostras de sangue coletadas em momentos distintos: primeiro em novembro de 2019 e depois em novembro de 2020. Além disso, o material foi submetido a testes com a possibilidade de detectar anticorpos contra os sorotipos da dengue e também contra o SARS-COV-2.
“Os resultados evidenciam a importância de reforçar tanto as medidas de distanciamento social voltadas a conter a disseminação do SARS-CoV-2 como os esforços para controle do vetor da dengue, pois há duas epidemias ocorrendo ao mesmo tempo e afetando a mesma população vulnerável. Isso deveria ganhar mais atenção por parte do governo federal”, aponta Marcelo Urbano Ferreira, professor e pesquisador da USP e coordenador da pesquisa.