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Os desastres de Belo Monte, Jirau e Santo Antonio (12 notícias)

Publicado em 14 de outubro de 2024

Violência, fome, desmatamento, colapso da agricultura e da pesca e energia elétrica mais cara em Rondônia e no Pará

Uma promessa de desenvolvimento que terminou em um desastre socioambiental. Essa é a conclusão de um estudo sobre o impacto das construções das hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e Jirau e Santo Antonio, em Rondônia. Ao invés de saneamento, saúde e educação, houve uma explosão de violência, desmatamento, colapso da agricultura e da pesca e, por incrível que possa parecer, uma energia elétrica mais cara.

Os mesmos trezentos reais que uma família paga mensalmente em São Paulo no consumo de luz, transformam-se em R$ 1.500 em Altamira, cidade próxima a usina de Belo Monte. O que ficou dos investimentos que as obras trouxeram para a região? Nada. Entre outros motivos, porque o governo não cobrou da construtora Andrade Gutierrez, responsável pelo projeto, o cumprimento das condicionantes estabelecidas no contrato. A empresa afirma que investiu R$ 6,5 bilhões em ações socioambientais. Ninguém sabe para onde foi esse dinheiro.

O estudo “Depois das Hidrelétricas: Processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio na Amazônia Brasileira”, apresenta resultados das pesquisas iniciadas em 2013 – a primeira fase na hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, inaugurada em 2016, e a segunda fase, iniciada em 2020, incluiu estudos as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira.

Emilio Moran, coordenador do projeto e professor da Universidade Estadual de Michigan (Estados Unidos) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) afirmou à Revista FAPESP [Agência FAPESP] que houve mudança no uso do solo nas bacias dos rios Madeira e Xingu e a área florestal foi reduzida com o avanço dos pastos. A produção pesqueira despencou, 30% das espécies desapareceram – nunca mais se viram os bagres de 100 quilos. A produção agrícola caiu ao deixar as várzeas. Foi a transformação forçada de uma cultura e uma economia. Para muito pior

Em Altamira, os Reassentamentos Urbanos Coletivos [RUCs] têm abastecimento de água irregular, obrigando o uso de caminhões-pipa. “Dá para imaginar uma população que tinha uma relação próxima com o rio, numa espécie de mundo aquático, depender de caminhão-pipa?” questiona Moran. Mais: 69% dos responsáveis por domicílios na cidade disseram que sofrem de insegurança alimentar.

É a segunda vez que a cidade, no sudoeste do Pará, é atingida por grandes projetos de infraestrutura. Primeiro foi a construção da rodovia Transamazônica, entre 1971 e 1973. Depois, Belo Monte. O pesquisador visitou a região na década de 1970, quando a população passou de mil para 10 mil habitantes em menos de um ano. Com a hidrelétrica, no início dos anos 2010, o boom populacional foi de 75 mil para 150 mil habitantes em dois anos, causando todos os problemas comuns a esse tipo de fenômeno.

“Queríamos investigar se os mesmos problemas de Belo Monte também ocorreram em Jirau e Santo Antônio, e a resposta é sim. Jirau e Santo Antônio, construídas muito próximas da capital Porto Velho, foram esquecidas pela mídia brasileira. Não houve preparação nem planejamento e a área inundada foi o dobro do previsto”, aponta Moran. Em Porto Velho, os bairros criados para populações reassentadas apresentaram problemas estruturais. A promessa de estabelecer cooperativas de fomento para populações ribeirinhas, não foi cumprida; O preço da energia elétrica também aumentou, com redução do acesso à energia, água e terra

Mas ao menos a oferta de energia elétrica para o país aumentou, certo? Mais um grande fracasso. Embora a capacidade instalada em Belo Monte seja de 11 GW, a energia comercializada é de apenas 4 GW. E com a seca na Amazônia, a hidrelétrica nada produz.

Antes, 193 empresas estavam autorizadas. Ministério da Fazenda atualizou lista nesta quarta (2/10). Agora, 205 bets estão regularizadas

O número de casas de apostas autorizadas a funcionar no Brasil foi atualizado pelo Ministério da Fazenda. Na terça-feira (2/10), 193 bets estavam regularizadas, mas houve a inclusão de mais 12 nesta quarta (3/10). Agora, são 205 distribuídas em 18 unidades da Federação.

A lista que foi divulgada anteriormente, explicou o ministério, não contemplava nomes por “erros no sistema” de recepção das notificações. As instituições financeiras estavam em conformidade com os requisitos e prazos que haviam sido estipulados, mas não apareciam na relação.

“Os sites que não estão na lista divulgada pela Fazenda não podem mais ofertar apostas, em âmbito nacional. Eles permanecerão no ar somente para facilitar o pedido de devolução, pelos apostadores, do dinheiro que está depositado em seus nomes junto a essas empresas”, explica o Ministério da Fazenda.

Com informações Metrópolis e Agência Brasil