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Os desafios da digitalização nas médias e pequenas indústrias (1 notícias)

Publicado em 19 de agosto de 2022

Jornada de Transformação Digital, de Fiesp, Senai e Sebrae, auxilia empresas ne empresas neste processo, que é contínuoA reunião do Conselho Superior da Micro, Pequena e Média Indústria (Compi) da Fiesp, desta quarta-feira (17/8), teve como foco os desafios das indústrias com a transformação digital para chegar à Indústria 4.0. O presidente do conselho, Luciano Coutinho, abriu a reunião chamando atenção para a atualização e inovação das indústrias e como isso impacta na competitividade.

A falta de recursos humanos para aplicação dos softwares foi um dos assuntos debatidos na reunião. “Um software de gestão só vai se manter vivo se as pessoas souberem utilizá-lo, é preciso ter uma capacitação contínua e existe uma rotatividade grande dentro das empresas. Se não há continuidade na revisão dos processos, capacitação e treinamento, não adianta, é preciso ajustar os processos para que o software traga resultados”, disse Jeferson Martins, gestor-executivo de desenvolvimento, estratégia e ofertas de produtos na TOTVS, que participou da reunião.

O gestor da TOTVS também comentou que o Brasil ainda carece de uma competitividade digital maior em comparação às outras economias de mesmo porte. A expectativa é que, com o 5G, o país avance nesse ranking e a digitalização chegue em todo o país, o que ainda não é realidade.

O diretor de Inovação Corporativa da Siemens, José Borges, ressaltou que conseguir trabalhar com as empresas que tenham a visão da necessidade de se avançar na digitalização tendem a atingir esse ponto de competitividade para a Indústria 4.0.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, lembrou o desafio de se conseguir e reter profissionais qualificados na área de Tecnologia para dar conta de toda essa demanda que o mercado global passou a exigir.

O entendimento dessa transformação deve se estender a todas as áreas das organizações. “As lideranças das empresas, a direção, as pessoas, precisam entender que a digitalização não tem fim. É um processo evolutivo principalmente pela revolução tecnológica que sempre está nos trazendo novas oportunidades de fazermos mais e melhor, aumentando a produtividade e a competitividade”, complementou Ricardo Pelegrini, CEO da Quantum 4 – Soluções de Inovação e ex-presidente da IBM.

Neste sentido, Ricardo Terra, diretor regional do Senai-SP, ressaltou a importância da Jornada de Transformação Digital, parceria entre Fiesp, Senai-SP e Sebrae. “A jornada é para mostrar para o empresário o caminho até a indústria 4.0, mostrar que é uma jornada. Tem um percurso lógico a ser feito e que é para sempre”, disse Terra.

A Jornada passa por oito etapas, cada uma conta com uma consultoria e identificação de ‘gaps’ de capital humano que vão sendo sanados. A meta do programa é levar a digitalização para 40 mil pequenas e médias indústrias paulistas.

Além disso, em breve o Senai-SP vai passar a contar com um centro de Inteligência Artificial em São Caetano do Sul (SP), em parceria com universidades e tendo a FAPESP liderando todo esse processo.

A reunião contou ainda com a participação da secretária-geral da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem Ciesp/Fiesp, Lilian Bortolani, que apresentou os produtos da Câmara e como eles podem ser vantajosos na hora de se pensar no contrato podendo escolher alguns outros métodos sobre direitos patrimoniais disponíveis, como a arbitragem e a mediação.

A mediação pode ser aplicada em qualquer tipo de conflito, e auxilia na construção das soluções pelos próprios envolvidos, em uma relação de ganha-ganha, na qual não existem as figuras do vencedor e do vencido e conta com um mediador, um terceiro imparcial que é escolhido pelas partes. “A Câmara só vai indicar se as partes não escolherem ou delegarem a função para a própria Câmara, os nossos presidentes Sydney Sanches (ex-ministro do Supremo Tribunal Federal) ou Ellen Gracie (ex-presidente do Supremo Tribunal Federal)”, finalizou Bortolani.