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Óleo de peixe ajuda a prevenir infartos, diz proffessor na Unemat

Publicado em 02 agosto 2014

O professor da Unemat Alcione Lescano de Souza Júnior descobriu que o óleo de peixe pode tornar o coração mais resistente ao infarto do miocárdio. Alcione fez esta conclusão em sua tese de doutorado e sua descoberta foi prar na revista “Saúde”, da editora Abril, com destaque na capa da publicação do mês de maio de 2014.

 

Alcione é professor de Fisiologia e Fisiopatologia do curso de Enfermagem da Unemat há oito anos. De acordo com ele, a tese buscou resposta para a pergunta: “Como seria o comportamento do infarto agudo do miocárdio em uma situação de suplementação prévia com óleo de peixe que é fonte de ácidos graxos ômega 3?”. O projeto utilizou ratos de laboratório como cobaias que receberam óleo de soja, água e sal ou óleo de peixe por 20 dias. Souza Júnior observou que: “O grupo do óleo de peixe apresentou uma área de infarto 23% menor em relação aos outros animais”.

Ainda houve uma perda inferior das células que ajudam a bombear o sangue. “E, nesse contexto, o risco de morte cai”, explicou Souza Júnior que também afirmou que o efeito observado, das células com mais energia, reduziriam as possíveis complicações no caso de uma cirurgia cardíaca.

 

“O óleo de peixe pré-condiciona o coração a ser mais resistente a falta de oxigênio e este efeito acontece em curto período de suplementação, 20 dias. A suplementação poderá servir para proteger o coração de pessoas que passarão por cirurgia cardíaca, quando falta oxigênio temporariamente para o órgão. Mas ressalto que os efeitos observados no meu trabalho devem ser testados em humanos sob todos os critérios de segurança e ética para o uso da suplementação com a finalidade de blindagem do coração com óleo de peixe”, advertiu o pesquisador.

 

Souza Júnior é Graduado Farmacêutico pela Universidade de Cuiabá e Mestre e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Sua tese de doutorado teve apoio financeiro da Fapesp, CNPq, Capes, Naturalis®, e Unemat e foi supervisionada pelo professor, doutor Rui Curi (Instituto de Ciências Biomédicas - ICB, USP) em colaboração com a professora Maria Claúdia Irigoyen (Laboratório de Hipertensão do Incor, São Paulo-SP) e dos professores doutores Jorge Mancini e Rosângela Pavan, ambos da Faculdade de Farmácia da USP.