Estudo realizado pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba, constatou que o óleo de abacate possui substâncias que previnem ou controlam níveis elevados ou anormais de lipídios no sangue. O estudo, segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostrou que o óleo possui ácidos graxos e esteróis semelhante ao do azeite de oliva.
O óleo de abacate pode se tornar, portanto, um substituto do óleo de soja e ser utilizado com o azeite de oliva nos óleos mistos, resultando em um produto de qualidade superior para o consumo. De acordo com a coordenadora do trabalho, a professora Jocelem Mastrodi Salgado, o óleo de abacate também pode ser aproveitado pela indústria alimentícia, pois sua extração e refino têm custo reduzido. A variedade selecionada para o estudo foi o abacate Margarida, que pode ser encontrado facilmente no mercado brasileiro.
O óleo deste tipo de abacate mostrou-se ainda uma boa fonte de vitamina E, porque 30 mililitros (ml) atendem a 18% das necessidades diárias de um adulto, segundo diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pesquisa, publicada na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, avaliou o potencial do óleo de abacate para o consumo humano e, segundo Jocelem, ainda é necessário melhorar o sabor e aroma deste óleo.