Nos últimos anos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) vem desenvolvendo uma metodologia para o desenvolvimento do Governo Eletrônico como melhor alternativa para o desenvolvimento sustentável e estratégia para a modernização das administrações públicas. Depois de uma avaliação do estágio das iniciativas dos 34 Estados-membros, a OEA escolheu o Brasil como parceiro para liderar o projeto da rede de cooperação na América Latina.
Em maio houve um importante evento em Brasília, organizado conjuntamente entre a OEA e a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Neste evento estavam presentes a maior parte dos responsáveis de e- Gov do continente para conhecer as experiências brasileiras bem-sucedidas na área, como o Comprasnet, as eleições eletrônicas, o Receitanet e o Portal e-Gov. Tais realizações são os motivos pelo qual o Brasil foi escolhido como o principal parceiro da OEA.
Tive o grande prazer de ser a única convidada que não fazia parte do governo. Mostrei estudos de redução de custos pela implementação de meios eletrônicos em governo - já apresentados na minha coluna da B2B Magazine- apontando a brutal redução de custos de uso da máquina pública que permite a liberação de recursos para o desenvolvimento econômico.
A partir dos resultados do seminário, será possível implementar a metodologia de desenvolvimento do e-Gov criada pela instituição. Atualmente, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de competitividade na infra-estrutura de rede de tecnologia da informação da América Latina. A liderança brasileira foi apontada por um estudo abrangendo 82 países, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com o INSEAD (uma das maiores escolas de formação de executivos do mundo) e o "Programa de Informação para o Desenvolvimento do Banco Mundial" (infoDev).
O mesmo estudo colocou o País em 8º lugar nos rankings governamentais para oferecimento de serviços on-line e uso de e-mail para correspondência, em 10º lugar nos rankings de uso de redes informatizadas e uso da Internet para pesquisas, em 11º pela sofisticação da Intranet do governo para transações e negócios, além da 15º colocação mundial no ranking de uso de Internet para transações com o governo.
Por que então não elaborar parcerias público privadas para exportar produtos e serviços relacionados a nossa notada excelência em e-Gov? Porque não diversificar nossa pauta de exportações e gerar com isto novas oportunidades de emprego e renda numa área tão promissora? Ainda não foi criado um modelo de negócio neste sentido e, salvo algumas exceções, nos mantemos apenas na esfera dos acordos de cooperação, prejudicando com isso os participantes que atuam na área.
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B2B Magazine