Agência FAPESP
Para quem não sabe, o oceano é muito mais que ondas quebrando nas praias ou fonte de alimento para várias espécies (inclusive o homem).
Ele tem um papel fundamental na regulagem climática, pois absorve ¼ de todo o dióxido de carbono lançado pela ação humana.
Pois bem: ele está sofrendo, literalmente, para acompanhar o ritmo do estrago, com o aumento constante das emissões.
Pesquisa americana divulgada recentemente pela revista Nature (www.nature.com) aponta que o oceano absorve 2,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono resultantes da queima de combustíveis fósseis em 2008. Foi um recorde.
Mas com o aumento total na quantidade de emissões, essa capacidade de absorção, desde o ano 2000, já caiu cerca de 10%.
Este é o primeiro estudo a quantificar essa queda. Em resumo: o oceano chegou ao seu limite (tanto físico quanto químico) de absorver o dióxido de carbono.
E para entender essa conta é simples: quanto mais dióxido de carbono acumulado, mais ácidos fica o oceano. E isso reduz a própria capacidade de se manter o CO2.