Pesquisadores da conjuntura afro-brasileira no país são os principais autores dos textos do primeiro volume de 'A história do negro no Brasil', lançada na sexta-feira, em Salvador
A publicação é uma edição conjunta do Centro de Estudos Afro-Orientais, da Universidade Federal da Bahia, e da Fundação Cultural Palmares, instituição ligada ao Ministério da Cultura. Ubiratan Castro de Araújo, diretor do centro de pesquisa baiano e presidente da fundação federal, classificou a obra como 'livro-relíquia'. Para ele, a obra é um exemplo 'de educação contra o racismo e útil para a formação da cidadania'.
O historiador Clóvis Moura, que criou em 1975 o Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas, uma organização não-governamental, também está presente no livro. As páginas escritas pelo sociólogo, que nasceu no Piauí, em 1925, são praticamente as últimas que escreveu, antes de morrer, em dezembro de 2003. Durante sua vida acadêmica, Moura foi considerado um importante teórico do movimento negro.
Completam a obra textos de Elisa Nascimento, do Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas, de Maria da Glória Moura, professora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília, do ex-senador Abdias do Nascimento e de Kabengele Munanga, professor do Depto. de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de SP.
'Cada vez mais se prova que o negro sai de uma posição de objeto para se transformar em sujeito de uma história rica em contribuições para a formação sociocultural do Brasil', disse Munanga.
Mais informações com o Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, pelo e-mail ceao@ufba.br.
(Agência Fapesp, 20/4)
JC e-mail 2508, de 20 de Abril de 2004.
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