Vítima de enfarte, morreu, quinta-feira à noite, aos 71 anos, em São Paulo, o professor Francisco Romeu Landi, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Landi dirigia-se da Fundação, no bairro paulistano da Lapa, para sua casa, em Cotia (32km da capital), quando se sentiu mal. Chegou a ser internado no Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) mas não resistiu. No último fim de semana esteve no Chile para participar da cerimônia de inauguração do telescópio Soar, projeto que teve ajuda financeira da Fapesp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Paulistano, Landi era professor titular e ex-diretor da Escola Politécnica da USP. Com 20 anos formou-se em mecânica eletricista e em 1972 doutorou-se em engenharia química, na Universidade de São Paulo (USP), da qual se tornou professor em 1981. Em 1974-75 fez pós-doutorado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, de Lisboa, e no Building Research Establishment de Garston, na Inglaterra.
Foram muitas as instituições a que Landi deu sua colaboração: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Instituto Brasileiro de Tecnologia e Qualidade da Construção Civil, Instituto de Engenharia e Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Mas foi sobretudo à frente da Fapesp que o nome de Landi mais se impôs. Graças a ele, a Fundação paulista conseguiu o mapeamento completo do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, que provoca, a doença do amarelinho em grande parte dos pomares de laranja, base da importante citricultura paulista.
Enterrado ontem no Cemitério Gethsêmani, no bairro de Morumbi (SP).
Notícia
Jornal do Brasil