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O papel da Unesp na pesquisa que revê saída do homem da África (77 notícias)

Publicado em 11 de julho de 2019

Por Marcos Jorge

Um grupo de pesquisadores brasileiros descobriu indícios da primeira saída de hominídeos da África. A descoberta, que acrescenta novas informações sobre a história da evolução humana, foi realizada por uma equipe de arqueólogos e geólogos do Brasil e do exterior, e entre eles está o professor Giancarlo Scardia, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp de Rio Claro.

A pesquisa apresentada na última quinta-feira, dia 4 de julho, no Instituto de Estudos Avançado da Universidade de São Paulo (IEA-USP), é baseada em evidências arqueológicas desenterradas pelos pesquisadores no vale do rio Zarqa, na Jordânia, próximo à capital Amã.

O grupo de pesquisadores formado pelo professor Giancarlo Scardia, Walter Neves (USP) e Fabio Parenti (UFPR), além de outros colaboradores internacionais, descobriu centenas de ferramentas de pedra lascada com 1,9 milhão a 2,5 milhões de anos de idade, claramente produzidas por mãos humanas. A descoberta indica que a espécie que teria saído da África pela primeira vez teria sido o Homo habilis, e não o Homo erectus, e isso teria acontecido 500 mil anos antes do que se pensava.

Nascido na Itália, Giancarlo é vinculado à Unesp desde 2014, onde leciona no Departamento de Geologia Aplicada. Nesta entrevista, o pesquisador de Rio Claro explica o conteúdo e o impacto da pesquisa, e detalha sua participação dentro da equipe.