Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento estarão reunidos no próximo dia 3 de outubro para falar sobre como desmistificar a ciência e esclarecer a população.
O desenvolvimento científico enfrenta desafios desde seus primeiros passos, principalmente pelo receio natural das pessoas ao desconhecido. E em tempos de rápida propagação de informação, nem sempre verdadeira, via multimídias, a proliferação de medos e inseguranças infundadas se torna ainda mais nociva para o alcance de inovações capazes de melhorar a vida das pessoas e preservar o meio ambiente. Nesse cenário, tornar a ciência amigável é cada vez mais fundamental. Para debater estes e outros aspectos da comunicação científica ocorre, no próximo dia 3 de outubro, na cidade de São Paulo (SP), o I Seminário Internacional Scientific American Brasil Ciência e Sociedade.
A quem interessa o descrédito da ciência? Quais os interesses políticos e econômicos que se escondem por trás do negacionismo científico? Quais os riscos para a democracia que eles carregam? Essas são perguntas que farão parte de uma das mesas do seminário que terá a participação de profissionais da ciência e da divulgação científica mundial, como o psicólogo e historiador Michael Shermer, o biólogo, arqueólogo e antropólogo Walter Alves Neves, e o físico e membro do IPCC, painel do clima da ONU, Paulo Artaxo.
O evento também abordará as dificuldades dos pesquisadores em comunicar seus trabalhos, a cobertura jornalística sobre ciência, além de apresentar exemplos inspiradores de disseminação do conhecimento. A democratização da informação por meio da internet nos trouxe inúmeros benefícios, porém também facilitou a propagação de mitos. “Dessa maneira, se por um lado as pessoas devem prestar mais atenção às fontes dos conteúdos que compartilham, por outro, os profissionais ligados à ciência também devem ocupar esse novo espaço midiático e se oferecer como alternativa”, comenta Adriana Brondani, bióloga e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), que participará do debate “A ciência que não se afirma”.
Destinado a profissionais de órgãos de governo, cientistas, pesquisadores, professores e estudantes, o seminário é organizado pela Scientific American Brasil.
A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo site seminario.sciam.com.br.
SERVIÇO
Evento: I Seminário Internacional Scientific American Brasil Ciência e Sociedade
Data: 3 de outubro
Horário: 8h às 18h
Local: Auditório da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo
Endereço: Avenida Escola Politécnica, 82, Jaguaré, São Paulo (SP)
PROGRAMAÇÃO
08:00 – Welcome coffee e credenciamento
08:50 – ABERTURA
Scientific American Brasil
Gilberto Kassab, Ministro da Ciência e Tecnologia
Márcio França, Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia de São Paulo
José Goldemberg, Presidente da Fapesp
09:30 – MESA 1 – QUEM TEM MEDO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO?
Michael Shermer, psicólogo e historiador da ciência, é colunista da revista Scientific American e Publisher da revista Skeptic Magazine
Walter Alves Neves, biólogo, arqueólogo e antropólogo evolutivo, professor titular do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da USP
Paulo Artaxo, físico, trabalha com física aplicada a problemas ambientais, é membro do IPCC, o painel do clima da ONU
11:10 – Coffee break
11:40 – MESA 2 – A CIÊNCIA QUE NÃO SE AFIRMA
Jefferson Cardia Simões, professor titular de Geografia e Glaciologia Polar da UFRGS, pesquisador líder do Programa Antártico Brasileiro e vice-presidente do Scientific Committee on Antarctic Research do Conselho Internacional para Ciências (SCAR/ICSU)
Helena Nader, bioquímica, professora titular da Unifesp e ex-presidente da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Fernando Reinach, biólogo, ex-professor titular do Instituto de Bioquímica da USP, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, sócio do Fundo Pitanga
Adriana Brondani, bióloga, doutora em Bioquímica e Biologia Molecular, e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB)
13:00 – Almoço livre
14:00 – Homenagem à Personalidade da Divulgação Científica
Dr. Julio Abramczyk, médico cardiologista, ex-diretor clínico do Hospital Santa Catarina, há 57 anos responde pela área de medicina e saúde do jornal Folha de S.Paulo, onde mantém sua coluna periódica. Ganhador do Prêmio Esso de Divulgação Científica pela reportagem que documentou a realização da primeira ponte de safena no Brasil, foi também um dos grandes entusiastas e presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico.
14:30 – MESA 3 – CIÊNCIA E MIDIA
Monica Teixeira, jornalista com passagem pelas principais emissoras de TV do país, é coordenadora do Núcleo de Divulgação Científica da USP
Alexandra Ozorio de Almeida, doutora em Filosofia e diretora de redação da revista Pesquisa Fapesp
Álvaro Pereira JR., jornalista, formado em Química, com especialização em jornalismo científico no MIT, chefe de redação do programa Fantástico, da TV Globo, em São Paulo
15:50 – Coffee break
16:20 – MESA 4 – EXEMPLOS INSPIRADORES
Herton Escobar, jornalista de Ciência e Meio Ambiente do jornal O Estado de São Paulo
Natália Pasternak, bióloga com pós-doutorado pela USP, organizadora do Pint of Science no Brasil
Pirula, biólogo, doutorado em zoologia, seu canal no youtube conta com cerca de 550 mil inscritos e em 2014 recebeu o prêmio Shorty Awards na categoria educação
17:40 – Encerramento
Sobre o CIB
O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas sobre biotecnologia e suas aplicações. Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br e de nossos perfis no Facebook, no LinkedIn e no YouTube
(Assessoria de Comunicação, 19/9/17)