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GCN

O maior polo de ciência da AL

Publicado em 09 julho 2014

Por Wilson Marini

O governador Alckmin assinou documento que dá a largada à gestão do Parque Tecnológico do Estado de São Paulo situado no distrito de Jaguaré, zona oeste na capital paulista. O local foi idealizado para aglutinar áreas de excelência como saúde, nanotecnologia, novos fármacos, tecnologia da informação e comunicação, pesquisa e desenvolvimento em acessibilidade, e usabilidade e comunicabilidade para pessoas com deficiência, entre outras. Será criado um conselho estratégico para a gestão do parque, formado por representantes da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. A área total do complexo é superior a 200 mil metros quadrados e envolve terrenos do IPT, da USP e do governo do Estado. Ali foi construído o prédio do núcleo, com investimento inicial de R$ 18 milhões em obras e equipamentos. A meta é formar nesse ponto o maior polo de ciência, tecnologia e inovação da América Latina, já que o Parque terá no seu entorno a USP e o IPT. Além dos ambientes para abrigar empresas, centros de inovação, laboratórios de pesquisa, escritórios de financiadoras de projetos, serviços de administração e apoio, o local terá ainda espaços para eventos, com auditórios e locais para exposições.

O prédio já está em condições de receber os empreendedores. O próximo passo é selecionar as empresas. “É um ambiente com grande densidade de pesquisadores, tecnólogos e institutos voltados à tecnologia, todos formando um ecossistema de condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento. São Paulo precisa pensar grande porque dispomos de todos os insumos para chegarmos a um estado de altíssima tecnologia”, diz o presidente da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Celso Lafer. O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Cintra, cita como paradigma o polo industrial da Califórnia (EUA), que concentra empresas de tecnologia da informação e computação, entre outros setores. “Trata-se de um empreendimento à altura da vocação de São Paulo para a inovação”, diz Alckmin.

[ERRATA

13/07/2014

Parque Tecnológico: A frase atribuída na coluna anterior ao presidente da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Celso Lafer, na verdade foi dita pelo diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da fundação, José Arana Varela. A citação, bem como outras informações relativas ao Parque Tecnológico, constam de material divulgado pela Agência Fapesp.

http://www.gcn.net.br/noticia/257099/opiniao/2014/07/novas-estancias-turisticas-em-sp]

Esta semana foi assinado também protocolo de intenções com o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) para instalação no Parque Tecnológico do Estado de aceleradora de empresas – tipo de incubadora com metodologia mais estruturada e baseada na geração de capital de risco.

Ação humana: Pesquisa científica sobre os impactos sofridos em praias concluiu que os efeitos da ação humana podem ser ainda mais fortes do que os da natureza. A pesquisa “Vulnerabilidade da zona costeira dos estados de São Paulo e Pernambuco: situação atual e projeções para cenários de mudanças climáticas” durou três anos, período em que foram estudadas as praias paulistas de Ilha Comprida e de Massaguaçu, em Caraguatatuba, e duas praias em Pernambuco. “Acompanhamos imagens de décadas. Nesse período, os impactos de uma ocupação mal feita do litoral podem ser muito maiores do que aqueles provocados por mudanças climáticas”, diz o coordenador do projeto, Eduardo Siegle, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP). Processos de urbanização que impermeabilizam áreas praianas necessárias ao movimento de sedimentos, por exemplo, costumam provocar erosões de forma mais acentuada.

Jornalista - email wmarini@apj.inf.br