De olho nos benefícios da biotecnologia, as empresas Duratex, Ripa sa, Suzano e Votorantim, pesos pesados da indústria de papel, se uni ram à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para estudar o genoma do eucalipto. Originária da Austrália e muito adaptada ao clima brasileiro, a planta é a matéria prima da celulose, de vários tipos de papéis, das chapas de madeira e do carvão vegetal. As primeiras partes do projeto, que consistiam no seqüenciamento do DNA do eucalipto e a identificação dos genes, já foram completadas. Agora, os pesquisadores começam a terceira etapa, que vai explorar a função de cada seqüência de genes. Essa é a parte mais importante do projeto, com a qual será possível descobrir quais estruturas influenciam na produtividade, resistência e qualidade da planta. "Esse trabalho vai permitir a formação de um banco de dados com todo o material genético", salienta Helaine Carrer, professora de Ciências Biológicas da USP e coordenadora das duas primeiras fases do projeto.
Na primeira parte do projeto, foram analisadas cerca de 120 mil seqüências de DNA. Em seguida, foram selecionadas 30 mil estruturas diferentes. E desse universo que virão as principais descobertas.
Uma das expectativas do projeto é que a partir desse banco de dados seja identificado, por exemplo, o gene responsável pela lignina, componente da madeira que atrapalha o processo de fabricação da celulose. Outra pesquisa em andamento, desenvolvida pela Unesp de Botucatu, pretende identificar precocemente as plantas superiores — hoje, o tempo gasto chega a 15 anos.
O projeto já consumiu US$ 1 milhão, mas deve ser finalizado ao custo de US$ 3,2 milhões. "Não sabemos quando vamos ter retomo, muito menos qual será o econômico. Mas a expectativa é que os resultados comecem a surgir em breve", disse César Augusto Bonine, pesquisador da VCP, integrante do Forests, nome dado ao consórcio de empresas que participam da pesquisa. Na certa, o raio-x do eucalipto irá ajudar o País a consolidar sua posição de maior exportador de celulose do mundo.
Na primeira parte do projeto, foram analisadas cerca de 120 mil seqüências de DNA. Em seguida, foram selecionadas 30 mil estruturas diferentes. E desse universo que virão as principais descobertas.
Uma das expectativas do projeto é que a partir desse banco de dados seja identificado, por exemplo, o gene responsável pela lignina, componente da madeira que atrapalha o processo de fabricação da celulose. Outra pesquisa em andamento, desenvolvida pela Unesp de Botucatu, pretende identificar precocemente as plantas superiores — hoje, o tempo gasto chega a 15 anos.
O projeto já consumiu US$ 1 milhão, mas deve ser finalizado ao custo de US$ 3,2 milhões. "Não sabemos quando vamos ter retomo, muito menos qual será o econômico. Mas a expectativa é que os resultados comecem a surgir em breve", disse César Augusto Bonine, pesquisador da VCP, integrante do Forests, nome dado ao consórcio de empresas que participam da pesquisa. Na certa, o raio-x do eucalipto irá ajudar o País a consolidar sua posição de maior exportador de celulose do mundo.