Bom dia meus amigos empreendedores!
A captação dos recursos necessários é um importante passo no caminho do empreendedor. Sem ele, por melhor que seja a ideia ou a oportunidade percebida, o negócio não começa. Precisamos desses recursos (dinheiro) para financiar nosso projeto no início e, muitas vezes, nos primeiros meses do empreendimento. Muitos empreendedores não têm conhecimento sobre fontes de financiamento disponíveis no mercado e acabam desistindo de seus planos por esse motivo. Mas então, como e por onde o empreendedor pode conseguir dinheiro para fazer seu negócio funcionar?
Normalmente uma empresa se inicia com a compra de um terreno (ou aluguel), aquisição de máquinas, equipamentos, computadores e veículos, contratação de funcionários, construção ou reforma de algum prédio, etc. O dinheiro destinado a essas atividades de início é denominado Capital Social. E nos primeiros meses de atividade o negócio pode até gerar um lucro mensal, mas com certeza não retornará o valor inicial investido. O importante é saber montar a estrutura de capital da sua empresa, ou seja, como e por quem a empresa será financiada, e conhecer todos os detalhes impostos pelos credores do seu projeto.
Para a lei, a empresa é uma pessoa. Uma Pessoa Jurídica. Por isso o registro da empresa é denominado CNPJ (Cadastro Nacional Pessoa Jurídica). Isso difere do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), que todos temos. E é com esse cadastro que nasce uma nova "pessoa", que possui os seus direitos e deveres próprios, ficando assim legalmente permitida para iniciar suas atividades mercantis.
Uma alternativa para iniciar seu negócio é, se você tem dinheiro, o financiamento próprio. As empresas geralmente são constituídas por um grupo. Se todos querem entrar no negócio, cada um dá uma fatia para integralizar o capital social e iniciar as atividades. São recursos financeiros dos próprios sócios que colocam o negócio para funcionar, ou seja, na prática, a empresa não tem dívida nenhuma (na verdade, na visão de finanças, a empresa deve para os próprios sócios). Existe um termo que define o financiamento com recursos dos próprios sócios e recursos gerados pela atividade do negócio denominado Bootstraping. Essa alternativa se adéqua melhor a projetos com um baixo custo fixo (em geral, que demandam menos de R$ 20.000,00 de capital inicial).
Outra alternativa é seguir o caminho dos 3Fs: Friend, Family and Fools (Amigos, Família e Tolos). A expressão em inglês é essa mesmo, com esse tom de ironia. Essa modalidade de investimento depende muito da rede de contatos pessoais do empreendedor. A vantagem é que a cobrança por parte do investidor é mais "amigável", isso que dizer, não há formalidades sobre taxa de juros e prazo de devolução. A desvantagem é que, se o negócio falhar, a relação pessoal entre empreendedor e investidor pode ser prejudicada. A palavra Fools, que traz a ironia para a frase, vem da ideia de que "só um tolo investiria em seu negócio", dando a impressão de que o risco do investimento é muito alto e o retorno, para o investidor, é incerto.
Os chamados "Órgãos de Fomento" são instituições que apoiam a inovação e o desenvolvimento de empresas que prezam por pesquisas e métodos inovadores. São mais adequadas para empreendimentos de alto impacto que não conseguiram um investimento do Venture Capital. Para se conseguir o apoio dessas instituições, o empreendedor deve entrar em contato com o órgão e apresentar todos os detalhes de seu negócio. Deve também optar pelas linhas oferecidas por esses investidores. São exemplos de Órgãos de Fomento a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).
Entretanto, esses órgãos apoiam um tipo específico de empreendedor. O empreendedor inovador. Se você planeja abrir uma pequena loja, uma padaria ou oferecer um serviço local, existem outras fontes de financiamento e diferentes linhas de crédito. Essas serão discutidas nas próximas publicações!
Saudações! Tenham todos uma boa semana!