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O dia seguinte ao bóson de Higgs

Publicado em 20 janeiro 2014

Por Salvador Nogueira

Um problema comum em livros de divulgação científica escritos por pesquisadores é a pequena distinção que os autores fazem entre o que se sabe e as teorias ainda especulativas que o autor quer defender. Nas obras de física isso é ainda mais comum, de forma que O cerne da matéria, de Rogério Rosenfeld, é um desejado sopro de ar fresco nesse tema.

O físico teórico da Unesp relata a incrível história da evolução da chamada física de altas energias, que busca compreender as partículas e forças que compõem o Universo.

Essa narrativa culminou com a descoberta do bóson de Higgs, anunciada com pompa em 2012. E ainda não tem data para terminar, com grandes questões em aberto, como a natureza desconhecida da matéria escura – que, ao que parece, é muito mais representativa do conteúdo total do Universo do que os constituintes da matéria convencional, descritos no modelo padrão da física de partículas.

Com didatismo e capítulos bem delimitados, Rosenfeld conduz como poucos a história entrelaçada da evolução do conhecimento sobre a matéria e dos surtos tecnológicos exigidos para sondar níveis de energia cada vez maiores, culminando com a construção do LHC (Large Hadron Collider), o acelerador de partículas do Cern onde o bóson de Higgs foi identificado.

O físico admite que, apesar de todo o oba-oba que se faz em torno do futuro da física e da busca de uma “teoria final”, é possível que o LHC acabe não entregando novas pistas para essa busca. “É concebível que o LHC descubra apenas o bóson de Higgs e mais nada. Esse é o pior pesadelo de um físico de partículas”, escreveu.

Leia matéria completa de Salvador Nogueira na Revista Pesquisa Fapesp de janeiro de 2014

http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/01/13/o-dia-seguinte-%E2%80%A8ao-boson-de-higgs/

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