O Brasil, em dados absolutos, tem o segundo maior número de vítimas da Covid-19: o País registrou mais de 138 mil mortes até essa terça.
Ainda há 2.423 mortes em investigação.
Com os novos diagnósticos notificados pelas secretarias estaduais de saúde, o número de casos acumulados totaliza 4.591.604. O resultado traz um incremento de 0,7% sobre a soma de segunda (21), de 4.558.068 pessoas infectadas desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, 507.869 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.945.627 já se recuperaram.
Desde o início da pandemia, o Estado de São Paulo já acumula 945.422 casos confirmados do novo coronavírus, com 34.266 mortes. Só nas últimas 24 horas, o estado contabilizou 8.090 novos casos e 282 novas mortes por covid-19.
Do total de casos diagnosticados, 810.750 pessoas já estão recuperadas, sendo 103.628 após internação.
Apesar de na semana passada o Estado ter registrado aumento no número de novos casos e de mortes por covid-19, o número de pacientes internados vem caindo. Hoje, o estado tinha 9.758 pessoas internadas em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, sendo que 4.195 delas estão em estado grave. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) é de 47,2% no estado e de 46,5% na Grande São Paulo.
Outros Estados
O Estado do Rio de Janeiro é o segundo com o maior número de mortes por covid-19 (17.798), seguido por Ceará (8.850), Pernambuco (8.055) e Minas Gerais (6.764). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (616), Acre (651), Amapá (695), Tocantins (877) e Mato Grosso do Sul (1.191).
Imunidade de rebanho
Pesquisa coordenada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), apontou que, quando a cidade de Manaus (AM) vivenciou o pico da epidemia de covid-19, no mês de maio, 45,9% da população local já havia contraído o novo coronavírus em algum momento. Após um mês, o percentual de pessoas que teriam contraído o vírus atingiu 64,8% e teria se estabilizado em 66,1% nos dois meses seguintes.
Nos primeiros meses da pandemia, em março e abril, o percentual de infectados era de 0,7% e 5%, respectivamente. Para os autores do estudo, embora intervenções não farmacêuticas e uma mudança no comportamento da população possam ter ajudado a limitar a transmissão da doença, a alta taxa de infecção nos últimos meses sugere que a imunidade de rebanho é um fator que contribuiu para a queda do número de novos casos e de mortes em Manaus.
“A mortalidade elevada e a queda rápida e sustentada de casos sugerem que a imunidade populacional teve um papel significativo na determinação do tamanho da epidemia em Manaus”, diz trecho do artigo, ainda sem revisão por pares.
Os pesquisadores alertam, no entanto, que os resultados foram obtidos a partir da análise de amostras de um banco de doadores de sangue, o que requer cuidados para tornar tal amostragem representativa. Isso porque, em geral, os doadores são adultos saudáveis e podem não representar a população geral da cidade. Além disso, não há consenso sobre a proporção de uma população que deve ser infectada com o novo coronavírus antes que a imunidade de rebanho seja alcançada, apontou o estudo.