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O avanço dos casos de demência no Brasil é destaque em Pesquisa FAPESP (1 notícias)

Publicado em 11 de julho de 2023

Ao menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos têm alguma forma de demência no Brasil. É o que revela a reportagem de capa de Pesquisa FAPESP em julho.

A estimativa está em um relatório elaborado por especialista em neurologia, geriatria e saúde mental para ser encaminhado ao Ministério da Saúde com o intuito de mobilizar o governo e contribuir para criar uma estratégia de ação nacional para lidar com o tema. Segundo o documento, a maior parte dos afetados – uma fração ainda não bem conhecida que, segundo especialistas, pode superar 70% do total – nem sequer tem diagnóstico, o que os impede de receber tratamento adequado para ajudar a controlar as alterações de memória, raciocínio, humor e comportamento que surgem com a progressão da doença.

O aumento dos casos de demência não é exclusividade do Brasil. Em boa parte do mundo, a melhora das condições de vida no último século vem permitindo a mais gente viver mais. Em 2005, havia no mundo cerca de 670 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 10% do total. Em 2050, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), serão quase 2 bilhões, ou 22% da humanidade. Mas os países não serão afetados de modo homogêneo. Os casos de demência devem aumentar proporcionalmente mais em nações de média e baixa renda – na América Latina vão triplicar –, sobrecarregando os sistemas de saúde e as famílias.

A demência é uma das principais causas de incapacitação de idosos e gera um impacto físico, psicológico, social e econômico tanto para as pessoas com a doença como para quem cuida delas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 foi gasto no mundo US$ 1,3 trilhão para atender a pessoas com demência.

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