Com o futuro pautado pela digitalização, o Brasil dá um passo importante para se colocar como referência nas pesquisas em inteligência artificial
Para aqueles que ainda enxergam o Brasil como um país atrasado no cenário tecnológico, saibam que esse panorama está mudando. Cada vez mais, nossos centros de pesquisas se voltam às inovações. E a Pesquisa em Inteligência Artificial é uma dessas áreas de estudo. Ficou interessado em como esse mercado está se movimentando no cenário atual? Quais as novidades e como elas podem melhorar nossas vidas? Confira esse conteúdo que preparamos para você. Boa leitura!
Uma grande novidade para o setor de inovação brasileira, é que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em conjunto com o Comitê Gestor da Internet no Brasil, conquistaram seis vitórias nas propostas de construir centros de pesquisa em Inteligência Artificial.
A aprovação dos projetos ocorreu em anúncio no início do mês feito em live do MCTI no canal oficial do Ministério. Assim, cada uma dessas propostas receberá 1 milhão de reais por ano. Os apoiadores vão desde o setor público até empresas interessadas. E tem como intuito, disseminar e desenvolver a pesquisa em Inteligência Artificial no Brasil.
É uma conquista extremamente importante para o país, principalmente para os pesquisadores da área, que utilizarão os recursos para formar novos talentos, e ainda causar melhorias para a sociedade. Dessa forma, esse investimento é o incentivo necessário para construir uma hegemonia nacional no setor de IA. Portanto, é um passo importante para reconhecer os pesquisadores da área. Como também para colocar o Brasil no caminho para ter um sistema nacional, estruturado e organizado para desenvolver a Inteligência Artificial.
O principal centro de pesquisa é na USP de São Carlos, com foco em pesquisas em cidades inteligentes. Por outro lado, as outras iniciativas têm como sede o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da USP, e tem a evolução na indústria de padrão 4.0 como foco.
Conheça o centro de pesquisas de IA mais avançado do país
O novo centro tem núcleos de Ciências Matemáticas de Computação (ICMC), e se localiza no campus da USP em São Carlos. Os recursos vieram da empresa privada IBM, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Tanto para o setor privado, como para os órgãos públicos, esse projeto tem chance de tornar o Brasil como líder internacional em pesquisa na área. Visto que já contamos com uma comunidade científica forte e estruturada.
O projeto teve suas atividades iniciadas no início de 2020, e conta com mais de 60 pesquisadores da USP, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), do Centro Universitário FEI e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ou seja, a iniciativa é uma força tarefa de várias instituições e de muitos profissionais, para construir um bem maior para a sociedade.
Uma vez que esses estudos, causam um grande impacto positivo para a sociedade, principalmente se considerar os empregos gerados. Que nesse sentido possibilitam a sociedade brasileira a ter mais oportunidades de trabalho em setores valorizados. Outro benefício, é colocar o Brasil como um país que tem controle de informações em massa. Algo que os países desenvolvidos já fazem há anos, e nós tradicionalmente negligenciamos.
Investimento na pesquisa
Tanto a IBM e a FAPESP irão reservar cerca de US$500 mil por ano para a implementação desse projeto. Contudo, o pagamento do valor será financiado em até 10 anos. Da mesma forma, a USP irá investir até US$1 milhão por ano. Esses investimentos serão em instalações físicas, professores, laboratórios e funcionários para a gestão do centro.
Os principais eixos de pesquisa do projeto, são no processamento de linguagem natural, aprendizado de máquina, agronegócio, recursos naturais, finanças, meio ambiente e saúde. Assim como as áreas de pesquisa da IBM Brasil. Mas ainda existe uma área de pesquisa voltada para inteligência artificial aplicada à sociedade. Dessa forma, as pesquisas englobam cientistas políticos e profissionais do direito e da economia.
Todos os seis Centros de Pesquisa em Inteligência Artificial irão se dedicar ao desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, científicas e de inovação. Orientados e aplicados para atuar em problemas que a inteligência artificial possa resolver.
CPA Inteligência Artificial Recriando Ambientes
Este centro tem como líder André Ponce, e está sediado no ICMC da USP. As pesquisas contam com pesquisadores de diversas regiões do Brasil. Focam em estudos voltados à cidades inteligentes. Abordando os temas de educação, cibersegurança, meio ambiente, infraestrutura e saúde.
Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde
Outro centro de pesquisa é a inteligência artificial voltada para a área da Saúde. Tem como sede o Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e o líder de pesquisa será o pesquisador Virgílio de Almeida. As pesquisas são realizadas por 130 pessoas, e tem como intuito investigar a prevenção e a qualidade de vida. Através do prognóstico e rastreamento, diagnóstico, gestão de saúde, terapêutica, desastres e epidemias.
Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a Indústria
Neste setor, o projeto possui dois centros. O da Bahia, que estuda a implementação de uma plataforma digital aberta de inteligência artificial e ciência de dados, voltada para a indústria 4.0. Por outro lado, o segundo é sediado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. E tem foco no digital twin, sistemas autônomos, interoperabilidade e integração da cadeia, máquinas-ferramentas e robótica.
Desta forma, podemos analisar que as pesquisas em inteligência artificial são muito importantes para o nosso país. Visto que permite o Brasil a se tornar um polo na área. Assim, resulta em empregos mais qualificados para a nossa população, além de gerar mais investimentos e reconhecimento das nossas pesquisas tecnológicas. Nesse sentido, aproveitamos as diversas mentes brilhantes que temos em nosso território, e ainda possibilitamos a formação de novos profissionais.
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