A nova sistemática de avaliação para bolsas de mestrado da FAPESP foi aprovada. Aplicada pela primeira vez neste primeiro semestre de 2004, o modelo permitiu maior agilidade no atendimento dos pedidos, mesmo com o grande aumento na demanda.
Foram concedidas 448 bolsas de mestrado, de um total de 1.487 pedidos, o que representou um índice de aprovação de 30,13%. Na divisão por áreas, as ciências humanas e sociais ficaram com 87 bolsas, seguidas por saúde (85), engenharia (70) e ciências agrárias (60).
Em relação ao primeiro semestre de 2003, os pedidos de bolsas de mestrado aumentaram 4,4%, evidenciando o crescimento na demanda, que tem sido freqüente nos últimos anos. Apesar disso, o total de bolsas dessa modalidade concedido pela FAPESP subiu ainda mais, pulando de 402 para 448, o que representou um aumento de 11,4%.
Nos últimos anos, o investimento feito pela FAPESP em todas as modalidades de bolsas tem aumentado seguidamente, passando, por exemplo, de 33,63% do total dispendido no fomento à pesquisa em 2002 para 38,3% em 2003. Se comparado com 1995, quando as bolsas corresponderam a 18,47% do total, o investimento mais do que dobrou.
Nova sistemática
O aumento da demanda de bolsas de pós-graduação nos últimos anos, particularmente de mestrado - mais de 3,2 mil por ano - , obrigou a FAPESP a alterar, em 2002, o processo de avaliação. Na impossibilidade de atender a todos os pedidos de bolsas de mestrado com parecer favorável da assessoria ad hoc, a Fundação passou a submetê-los a uma análise comparativa duas vezes por ano.
No procedimento tradicional, as coordenações de área comparam um grande número de pedidos a partir de pareceres emitidos independentemente por vários assessores. Desse modo, elas são obrigadas a assumir uma parcela de responsabilidade pelo resultado da análise muito maior do que a desejável, tendo em vista o princípio da avaliação externa, tradicionalmente adotado pela FAPESP.
Para adequar ao espírito desse princípio o processo de avaliação das bolsas de mestrado, o Conselho Superior da FAPESP decidiu que, a partir deste ano, o processo seria inteiramente conduzido no âmbito de cada coordenação de área, por uma comissão de assessores ad hoc especialmente constituída.
Os critérios de avaliação são os mesmos utilizados para a FAPESP para as suas diferentes linhas de fomento. A novidade é a sistemática, adotada para permitir uma avaliação mas equânime e com menor distorção, além de aperfeiçoar o processo para tornar os critérios mais transparentes. A adoção de comissões ad hoc permitiu também ter uma noção do conjunto da demanda, além de melhorar a avaliação por poder analisar os pedidos de subáreas.
Para cada grande área do conhecimento as comissões foram compostas após uma análise do perfil da demanda e de sua distribuição entre as diferentes áreas e subáreas. Além dos membros das respectivas coordenações de área, foram convidados pesquisadores para complementar a competência existente e garantir uma diversidade institucional.
Notícia
O Dia (SP)