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Novo material que libera fertilizante de forma controlada e se degrada após 90 dias: conheça essa inovação para suas plantas (33 notícias)

Publicado em 19 de setembro de 2024

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram, em parceria com um produtor de antúrios de Holambra, no interior de São Paulo, um filme à base de algas e nanocelulose que substitui, com vantagens, o material importado usado pelo agricultor como recipiente para reproduzir a planta. Esse filme é capaz de liberar fertilizante lentamente no substrato, sendo adaptável para a reprodução de diversas culturas, além do ornamental antúrio.

No processo de desenvolvimento do filme, foram utilizadas substâncias como carragena (extraída de algas vermelhas) e alginato (obtido de algas marinhas marrons) para armazenar o fertilizante MAP. A adição de nanofibras de celulose melhorou as propriedades do material, tornando-o resistente e durável ao contato com a água.

O filme resultante foi moldado em vasinhos que podem substituir os tradicionalmente usados na reprodução da planta. Com testes realizados em campo, verificou-se que o material é capaz de manter a estrutura da planta, oferecendo suporte para o sistema radicular e liberando nutrientes de forma eficiente.

Além disso, o filme à base de alga e nanocelulose apresenta benefícios como economia de fertilizantes, menor lixiviação e biodegradabilidade, constituindo uma alternativa sustentável para a agricultura. O material também pode substituir as esferas de microplástico comumente utilizadas na liberação de fertilizantes, sendo uma opção mais amigável ao meio ambiente

Os resultados do estudo, realizado em colaboração com o produtor de antúrios de Holambra, foram publicados na revista Cellulose e apoiados pela FAPESP. A pesquisa abre caminho para o desenvolvimento de novos materiais sustentáveis para o setor agrícola, com potencial de impacto positivo tanto economicamente quanto ambientalmente.

Informações da Agência FAPESP