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Novo laboratório da Embrapa facilita pesquisas sobre genoma

Publicado em 19 outubro 2002

Por Fabiana Pio
Diferentes instituições de pesquisa no País já podem se beneficiar de um laboratório de alto desempenho computacional para a realização de estudos na área de genoma. Com investimentos de R$ 2 milhões, será inaugurado hoje o Núcleo de Bioinformática da Embrapa Informática Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Localizado nas dependências da Universidade de Campinas (Unicamp), o novo laboratório irá beneficiar principalmente a indústria farmacêutica, pois nele serão realizados estudos para identificar a funcionalidade das proteínas. O novo núcleo é formado por supercomputadores desenvolvidos pela USP e Itautec, e equipamentos da Dell e Silicon Graphics. Segundo José Gilberto Jardine, chefe geral da Embrapa Informática, por meio de estruturas tridimensionais geradas pelos computadores será possível pesquisar com maior rapidez as substâncias que inibem o desenvolvimento de proteínas causadoras de doenças como o câncer. "A simulação permite reduzir em milhares de vezes os experimentos necessários", diz. De acordo com Jardine, o laboratório já funciona há cerca de seis meses. Nele, foi desenvolvido o programa SMS (Software Sting Millenuinm Suite), que permite otimizar os estudos do genoma. "Já foram realizados cerca de 10 milhões de acessos no nosso programa", diz Jardine. "Iremos lançar a versão 2.2 no ano que vem, que será disponibilizada na rede internacional PDB (Protein Date Bank), sediada em San Diego, Estados Unidos", diz Jardine. Segundo o pesquisador, outras instituições internacionais de países como França, Estados Unidos. China e Japão também utilizarão o sistema. Além da cerimônia de inauguração do Núcleo de Bioinformática da Embrapa, será formalizado um convênio entre a Unicamp e a Embrapa para pesquisas de zoneamento de risco e monitoramento das condições meteorológicas do Brasil. Participarão dos estudos cerca de 60 pesquisadores das duas instituições. Serão investidos cerca de R$ 10 milhões anuais nesses projetos que objetivam assessorar os agricultores para a melhor época de colheitas.