Agência FAPESP - O DMF, biocombustível obtido através da glicose ou da frutose, foi descoberto em 2007 por pesquisadores norte americanos. Agora um brasileiro, o engenheiro químico Fábio de Ávila Rodrigues, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), pesquisa a viabilidade física e econômica de produzir o DMF em escala industrial.
O DMF poderá ser utilizado inclusive na aviação, atividade também responsável por jogar muitos poluentes na atmosfera. Além de significar um passo importante para diversificar a matriz energética brasileira.
Vantagens do DMF
O DMF é um biocombustível que apresenta propriedades vantajosas se comparado ao etanol. Seu ponto de ebulição é cerca de 20 graus centígrados mais alto, o que faz com que ocorra menor perda do produto por evaporação durante o armazenamento.
Outra vantagem é que a densidade energética do DMF é 40% maior e não é solúvel em água, o que facilita o processe de separação do solvente.
Apesar desses aspectos positivos, até agora ele só foi produzido em escala laboratorial.
Fábio Rodrigues, através da simulação e análise econômica e a modelagem termodinâmica, chegou a um modelo produtivo que abrange os custos de investimento e de fabricação do biocombustível.
O novo biocombustível se mostrou apto a ser produzido em escala industrial. Porém, o pesquisador enfatiza que, antes de partir para a produção comercial do DMF, é preciso ajustar algumas etapas do processo que foi testado por meio de simulação, sem perder rendimento.
*Com informações do Jornal da Unicamp