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Nova onda da covid em SP? Estado encara alta no número de internações (86 notícias)

Publicado em 01 de junho de 2022

Por Fidel Forato

Passado um longo período de baixa nos casos de covid-19, a situação do estado de São Paulo volta a piorar, segundo especialistas. Atualmente, o número de internações em decorrência do coronavírus SARS-CoV-2 está em alta, o que pode indicar a chegada de uma nova onda da doença. Ainda é necessário avaliar a evolução da doença nos próximos dias.

Diante da piora do quadro epidemiológico, o Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde do Governo de São Paulo volta a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados. Apesar da retomada não ser obrigatória, a medida pode reduzir o número de transmissões do vírus da covid-19, explicam os responsáveis pela mudança.

Vale destacar que, na última sexta-feira (27), a taxa de transmissão (Rt) do coronavírus estava em 1,33 no estado de SP. Isso significa que cada 100 infectados transmitem a doença para outros 133. Com isso, a possibilidade de novas internações também cresce.

Alta nas internações da covid

No primeiro dia de maio, a média móvel de internações diárias — seja na UTI ou na enfermaria — estava em 170, segundo levantamento da Agência Brasil. Na terça-feira (31), a média chegou a 404. Para comparar, em abril, a média calculada foi de 146 internações por dia, o que representa uma diferença significativa.

Vale lembrar que o número de internações é um dos principais indicadores para avaliar o comportamento da pandemia. Caso o aumento no número de internações continue, a tendência é que o número de óbitos também cresça nas próximas semanas. Hoje, está estável.

Dados da SP Covid-19 Info Tracker

Criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com apoio da Fapesp, a plataforma SP Covid-19 Info Tracker reforça a piora no cenário da covid-19 em São Paulo.

Considerado os dias 6 e 27 de maio, o levantamento da plataforma aponta para um aumento de 74% no número de internações no estado. Para o jornal Folha de S. Paulo, Wallace Casaca, coordenador da plataforma, explicou que os dados indicam para a formação de uma nova onda, embora aparente ser menos letal, pode ser agressiva.

Segundo Casaca, a situação é reflexo do "abandono de medidas sanitárias básicas, como uso de máscaras, a perda da imunidade natural e vacinal ao longo dos últimos quatro meses, estagnação da aplicação das doses de reforço e o avanço de novas sublinhagens da Ômicron, mais transmissíveis e propensas a escape". Inclusive, o pesquisador reforça a necessidade de manter os cuidados.

Fonte: Agência Brasil Folha de S. Paulo