Uma nova linguagem de programação pretende dar
um passo à frente para a mudança desse cenário, ao permitir que
computadores possam "refletir" sobre as implicações das ordens dadas a
eles. O desenvolvimento foi feito por pesquisadores do Instituto
Nacional de Padrões e Tecnologias (Nist, na sigla em inglês), dos
Estados Unidos, e de instituições da Alemanha, França, Japão e do Reino
Unido.
O objetivo inicial da linguagem, que leva o nome
ISO 18629, é permitir a construção de sistemas industriais mais
eficientes. A novidade, baseada em inteligência artificial e análise
lingüística, reúne uma estrutura com cerca de 300 conceitos, tais como
duração e seqüência, que possibilita à máquina interpretar ordens,
ainda que relativamente complexas.
Por exemplo, uma
pessoa que ouve o comando "pinte antes de empacotar" ou "antes de
terminar a montagem, esfrie a peça" sabe que a palavra "antes" tem
significados diferentes nos dois casos. No primeiro, a ação "pintar"
deve ser feita antes de iniciar a seguinte, "empacotar". No segundo, o
esfriamento da peça pode ser feito em qualquer momento durante a
montagem. A ISO 18629 permite que o computador interprete as diferenças
em casos como esse.
Agência Fapesp
Notícia
Correio Popular (Campinas, SP)