Sistemas de irrigação financiados a custos baixos e estratégias para a construção de cisternas no interior do semi-árido.
Os dois exemplos da chamada 'tecnologia social' foram citados por Luiz Gushiken, ministro chefe da Secretária de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, na abertura da Brasiltec 2004, nesta quarta-feira, em SP.
Com a seca castigando o interior nordestino mais uma vez nesta primavera - sendo que no início do ano havia chovido acima do normal na região -, Gushiken afirmou que a aplicação das tecnologias sociais é uma questão estratégica. 'A Brasiltec é um exemplo de que existem N tipos de tecnologias que podem ser aplicadas', disse.
Na visão do representante oficial da presidência da república na abertura do evento, que será realizado até sábado (20/11), no Anhembi, a aplicação do conhecimento, seja gerado nas Universidades ou o chamado saber popular, é fundamental para resolver problemas seculares do Brasil.
'Estimular esse processo, fazendo com que a sociedade participe da geração e da aplicação desse conhecimento, é a única forma de dar um salto importante', afirmou.
Segundo Gushiken, para incentivar essas aplicações será formado nos próximos meses um banco de dados que usará parte do conteúdo da plataforma Lattes. 'A intenção é fazer uma nova plataforma, para unir cientistas e empreendedores. Aquele que precisa agregar valor a um copo, por exemplo, terá condições de achar um pesquisador que o ajude', disse.
Algumas horas antes da palestra do ministro, no início da tarde, o governador de SP Geraldo Alckmin abriu oficialmente a Brasiltec 2004.
Segundo ele, durante os quatros dias do evento todos as bases do tripé do empreendedorismo estarão presentes: 'A inovação tecnológica, os representantes do mercado e os próprios empreendedores, que têm a coragem de inovar', disse.
Durante a Ia Conferência Internacional e Mostra de Tecnologia Social também deverá ser lançada, de forma oficial, a Rede de Tecnologia Social, uma iniciativa do governo federal.
'A aplicação dessas tecnologias não depende de governo, mas de uma articulação entre os diversos atores sociais envolvidos com o processo', disse Gushiken.
(Agência Fapesp. 18/11)
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