Ex-ministra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram na tarde desta terça-feira. O nome favorito para a pasta é o de Alexandre Padilha
O governo federal confirmou a mudança no comando do Ministério da Saúde nesta terça-feira (25), com a demissão de Nísia — já especulada na última semana. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assumirá o comando da pasta.
A ex-ministra se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após evento no Palácio do Planalto, onde foi anunciado o acordo para a produção de vacinas contra a dengue. Logo após, se encontrou com Padilha.
"Hoje de manhã estive com a ministra Nísia Trindade no evento de assinatura de portarias para investimentos nas vacinas contra dengue (Butantan), contra influenza H5N8 e contra o vírus sincicial respiratório (Butantan e Pfizer), além de investimentos em produção de insulina", escreveu o presidente em sua conta no X.
Críticas na gestão
A saída de Nísia do comando do ministério foi dada como certa no Palácio do Planalto, e alas do PT já disputavam a sua cadeira. A gestão foi alvo de queixas do Congresso e do próprio Lula — que cobrava a falta de uma marca forte da área.
No ano passado, a gestão da ministra foi marcada por críticas e pressão do centrão relacionada ao orçamento da pasta. De acordo com a avaliação do Palácio do Planalto, em um momento de queda de popularidade do presidente, o Ministério da Saúde tem um grande potencial de apresentar políticas públicas de maior visibilidade.
O reforço do Farmácia Popular foi uma das ações do Ministério da Saúde. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, no dia 13 de fevereiro, a gratuidade total do Programa Farmácia Popular. No Encontro Nacional de Prefeitos, em Brasília, ela explicou que todos os 41 itens do programa passariam a ser distribuídos de graça nas farmácias credenciadas.
Quem é Nísia Trindade
A ministra foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ela assumiu o Ministério da Saúde no início do terceiro governo Lula, em
Nísia é socióloga, gestora pública e professora de História das Ciências e da Saúde na Casa de Oswaldo Cruz, na Fiocruz, e de Sociologia, no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Em meio às especulações, ela havia afirmado, no dia 21 de fevereiro, que não deixaria o cargo Ela disse que continuaria "firme" com o trabalho e relativizou mudanças no governo.
Quem deve assumir?
Segundo a publicação da Folha de S. Paulo, o nome mais forte para substituí-la é do ministro Alexandre Padilha , que atualmente comanda a Secretaria de Relações Institucionais e que foi titular da Saúde no governo de Dilma Rousseff.
Durante conversa para discutir nomes para substituir Nísia, Lula apresentou preferência pelo também ex-ministro da Saúde Arthur Chioro . No entanto, segundo relatos, o presidente deve optar por Padilha por questões políticas e pela relação do ministro com os integrantes da pasta.