Guilherme Boulos percorreu quase 2 mil quilômetros num Golzinho para falar com simpatizantes no interior de SP
Guilherme Boulos mandou dar um tapa no Celtinha. Fez motor, câmbio e trocou os quatro pneus.
Só que na hora ‘H’ o modelo 2010 do pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo apresentou problema nos rolamentos. A solução foi descolar um Golzinho de última hora.
O similar da Wolks aguentou o tranco e não decepcionou: Boulos rodou nesta semana quase 2 mil quilômetros pelo interior de São Paulo. Visitou e conversou com simpatizantes. Tema: a eleição estadual de 2022.
Foi a Avaré, Botucatu, Bauru, Marília, Gália. Na volta, encontrou tempo para conhecer e bater um papo com correligionários em Jaú.
Em todas as cidades, o pré-candidato foi bem recebido.
Em Bauru, cidade administrada pela bolsonarista Suelen Rossim, Boulos bombou: reuniu-se com professores universitários, empresários, intelectuais, formadores de opinião. À noite, participou de um ato público lotado com militantes do partido e jovens, muitos jovens.
Em Botucatu, o encontro foi descrito como ‘quentinho e cheio de inspiração, diálogos valiosos, repletos de acolhimento, sabedoria e política consciente’.
Em Gália, visitou uma cooperativa de agricultura familiar que virou modelo no interior do estado.
Em Marília, a situação se repetiu, com agenda lotada composta em sua maioria pelo público jovem.
Boulos não está para perder tempo e acredita no desafio de levar o campo progressista a quebrar a hegemonia dos tucanos desde 94.
“São quase 30 anos do governo do PSDB no estado”, discursou em Jaú.
“O povo não aguenta mais. O resultado desse conluio, que ajudou no golpe de 2016, e na eleição de Bolsonaro, é povo na fila do osso, passando fome”.
O pré-candidato lembrou que o governador João Doria é o criador do Bolsodoria. E que se hoje tenta se ‘vende’ como o pai da vacina até o ano passado falava em vender o Instituto Butantã.
“Cortou recursos da Fapesp, estrangulou as unversidades públicas’, disse.
Afirmou que a batalha do campo progressista no estado tem de focar na união dos partidos de esquerda e usou o exemplo da eleição nacional: ali o PSOL sentiu a gravidade do momento, com Bolsonaro, e entendeu que era momento de abrir mão de uma candidatura própria em nome de Lula.
Ninguém aguenta mais o PSDB em SP
“É o que estamos propondo agora”, disse Boulos, em Jaú. “A união para derrotar os tucanos. O resultado de quase três dácadas do partido no estado é a desindustrialização, o sucatemente da escola pública, a redução do salários do funcionalismo e uma acomodação generalizada. É hora de mudar esse quadro, ninguém aguenta mais o PSDB no estado”.
Boulos deixou o Celtinha em casa e descolou um Golzinho para encontrar correligionários no interior de São Paulo pic.twitter.com/lvYi1geqjN
— Jose Cássio (@josecassio) October 2, 2021