Enquanto a embarcação não chega ao Brasil, os pesquisadores avaliam que as pesquisas marinhas darão um salto qualitativo. O Alpha Crucius, como foi batizado, foi adquirido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para a Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o diretor do Instituto Oceanográfico da (USP), Michel Michaelovitch Mahiques, o país não tinha um navio oceanográfico civil em operação desde 2008. “Uma das razões para o aumento qualitativo é que o Alpha Crucius tem capacidade para navegar por 40 dias. Isso significa que o novo navio poderá fazer estudos em oceano aberto, ampliando nossos limites geográficos de pesquisa”, disse Mahiques.
Com a nova embarcação também será possível operar um veículo submersível operado remotamente (ROV, na sigla em inglês) de pequenas dimensões. O Alpha Crucis, que antes pertencia à Universidade do Havaí, tem 64 metros de comprimento por 11 metros de largura. O navio tem capacidade para levar 20 pessoas e deslocar 972 toneladas. O custo total da embarcação foi de US$ 11 milhões.
Nos últimos 10 meses, foram feitas reformas e modificações na embarcação. “Uma delas correspondeu às adaptações necessárias para que o navio, fabricado em 1973, atendesse à legislação brasileira atual referente à segurança de embarcações. A segunda vertente foi voltada para modernizar o navio, atendendo às demandas da pesquisa científica”, explicou Mahiques.
Os custos de manutenção e operação do navio serão cobertos pela USP. A universidade não soube prever custos. Mas o seguro custará à instituição US$ 400 mil por ano.
(Com informações da Fapesp)