Pesquisador afirma que extraterrestres devem ser encontrados nos próximos 25 anos
TOLEDO, ESPANHA - O pesquisador da agência espacial americana (Nasa), Mike Kaplan, acredita na existência de extraterrestres (ETs) e afirmou ontem, durante um encontro de astronomia em Toledo, ser possível achá-los dentro dos próximos 25 anos.
"Não acho que estejamos sós. Levaremos algum tempo para contactar os ETs, mas algum dia os encontraremos e ficaremos surpresos, porque serão muito diferentes de nós", previu Kaplan, que é diretor do programa Origens, que estuda a origem do universo, a formação dos planetas e a existência de vida fora do sistema solar.
Astrônomos do mundo inteiro estão reunidos em Toledo para discutir a interferometria - técnica de observação espacial que permite a detecção de planetas fora do sistema solar.
Em outubro passado, astrônomos suíços detectaram um planeta fora do sistema solar pela primeira vez. Logo depois, cientistas americanos descobriram outros dois. Os astrônomos que participam do congresso estão otimistas com as descobertas e acham que a questão não está mais em se saber se a vida pode ser descoberta em outros planetas, mas sim quando isso acontecerá. "Pela primeira vez isso não é um sonho, é só questão de tempo", afirmou Kaplan.
Os telescópios tradicionais, como o Hubble, não podem contribuir para a busca de planetas, já que a luz das estrelas ofusca a imagem dos planetas em sua órbita.
O interferômetro infravermelho, 40 vezes mais potente que o Hubble, seria capaz de determinar, através de raios infravermelhos, se planetas recentemente descobertos têm condições necessárias (água e oxigênio) para abrigar a vida.
Tanto a Nasa como a Agência Espacial Européia (ESA), começaram separadamente a desenvolver a tecnologia, mas ambos acham necessário haver cooperação internacional para tal projeto.
A ESA revelou em fevereiro as primeiras fotos tiradas pelo seu Observatório Espacial Infravermelho, que pode ver através de densas nuvens. O orçamento estimado pela Nasa para construir seu interferômetro é de US$ 200 milhões por ano num período de 10 anos. Europeus e americanos concordam que o projeto inaugura uma nova era para a humanidade.
Notícia
Jornal do Brasil