Ainda segundo Nísia Trindade, o governo discute alternativas para ampliar a oferta da vacina contra a doença.
Nesta sexta-feira (1º), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que “não será possível fazer vacinação em massa” contra a dengue ainda neste ano. De acordo com a ministra, a vacina Qdenga, que está sendo aplicada no momento, é uma “esperança”. No entanto, é necessário reaplicar o imunizante em 3 meses.
“Para esse momento, independentemente do número de doses, as pessoas não estarão protegidas, porque ela é adotada em 2 doses e com intervalo de 3 meses”, afirmou, em entrevista à GloboNews.
A ministra ressaltou que o governo discute alternativas para ampliar a oferta da vacina. “Há a possibilidade de transferência de tecnologia, e, para isso, o Ministério da Saúde […] determinou a prioridade para que tenhamos autonomia, não fiquemos dependentes de importação numa área tão essencial. Neste momento, estamos em discussão com o laboratório Takeda e avaliando toda a possibilidade de aumento dessa produção em nosso país”.
Além disso, Nísia citou a vacina contra a dengue produzida no Instituto Butantan. “Um outro caminho, que não será imediato, é a vacina do Instituto Butantan, que apresentou bons resultados de pesquisa, mas ainda não teve seu processo submetido à Anvisa”.
Nesta quinta-feira (29), o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O número se referente às oito primeiras semanas de 2024 e representa quase cinco vezes o registrado no mesmo período de 2023, quando haviam 207.475 notificações de infecções.