A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reiterou, nesta 6ª feira (1º.mar.2024) que a vacinação contra a dengue não chegará a toda a população brasileira em 2024. A ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz afirmou que a melhor alternativa para a imunização no país é a produção nacional da vacina.
Segundo Nísia, o Brasil está em constante diálogo com o laboratório Takeda, responsável pela produção da vacina Qdenga, utilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). No entanto, enfrenta limitações da própria empresa. “O Brasil comprou todo o estoque possível para atender sua população, mas essa produção é pequena”, disse em entrevista à GloboNews.
A ministra afirmou ainda que trabalha, junto a laboratórios nacionais, para uma mudança do cenário.
“O Ministério da Saúde, a partir da nova política industrial lançada pelo governo Lula e pelo complexo econômico industrial da Saúde, determinou prioridade para que tenhamos autonomia e não fiquemos dependentes de importação numa área tão essencial”, disse.
Segundo Nísia, são avaliadas todas as possibilidades de aumento de produção no país, entre elas, a transferência de tecnológica. O caminho, no entanto, é a médio e longo prazo.
O Instituto Butantan está na reta final da produção de um imunizante contra dengue. Apresentou bons resultados, no entanto, ainda não foi submetido a avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “É outro caminho, que não será imediato. Coloco como instrumento importantíssimo, mas ainda não é uma vacina, é uma candidata”, disse.
O Ministério da Saúde divulga diariamente os últimos dados de casos prováveis, mortes em investigação e confirmadas, e o coeficiente de incidência de dengue no Painel de Monitoramento das Arboviroses.
Até a última atualização do painel, em 29 de fevereiro, 214 pessoas já haviam morrido no Brasil por causa da doença. Os casos prováveis eram 1.017.278.