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Nanopartícula ativada por luz visível mostra potencial para combater tumores de bexiga (16 notícias)

Publicado em 10 de julho de 2022

Por Agência Fapesp

Nanopartículas de dióxido de titânio (TiO 2) são utilizadas normalmente em tratamentos de fototerapia contra o câncer, uma vez que podem ser ativadas por luz ultravioleta (UV), gerando moléculas (radicais livres) que causam estresse oxidativo e levam as células cancerígenas à morte. No entanto, ao expor os tecidos saudáveis à luz UV, corre-se o risco de induzir mutações indesejadas nas células.

Para contornar o problema, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram nanopartícula de TiO 2 decorada com grupos peróxidos – Ti(OH) 4 (hidróxido de titânio IV) – que apresentou a mesma capacidade oxidativa ao ser ativada por luz visível. O material foi testado in vitro, em linhagens celulares – normais e tumorais – de camundongos.

O estudo publicado na revista científica ACS Omega.

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

“Os resultados do nosso estudo demonstraram que o Ti(OH) 4 não só foi capaz de causar efeitos citotóxicos em células de tumor de bexiga, como se manteve biologicamente compatível com as células normais. Isso torna o Ti(OH) 4 um potencial candidato a fármaco contra o câncer de bexiga”, explicou a Dra. Thaiane Robeldo, primeira autora do estudo e integrante do CDMF.

Dr. Ricardo Carneiro Borra, e teve a colaboração do grupo liderado pelo professor Dr. Emerson Camargo. Ambos são vinculados ao CDMF.